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Enviada em: 21/08/2018

Para Platão, filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, a qualidade de vida tem tamanha importância que deveria se sobrepor a própria existência. Discrepante a realidade grega, a condição de bem-estar do brasileiro torna-se cada vez mais árdua, principalmente no que diz respeito ao acesso a saúde de qualidade. Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas e possível solução para esse impasse.   Primordialmente, cabe ressaltar que a precária situação da saúde pública no Brasil reflete diretamente na população. Destaque negativo, o sistema de atendimento público brasileiro aparece entre os mais ineficientes do mundo, reflexo do baixo investimento realizado: apenas 10% do orçamento governamental é destinado à saúde. Por conseguinte: hospitais lotados, ausência de atendimento e até de materiais básicos impedem que cidadãos possam contar com um dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal, algo inadmissível em uma sociedade democrática.    Outrossim, a escassez de médicos nas regiões afastadas dos grandes centros corrobora para o caos na saúde. Devido a melhores remunerações e qualidade de trabalho, recém formados optam por permanecer nas grandes cidades, é o que relata uma reportagem do G1: cerca de 75% continuam nos municípios. Resultante a tal veracidade, os interiores do Brasil, em alguns casos, não contam sequer com unidades básicas de atendimento. A indisponibilidade de médicos compactua para a falta de investimento público, periferizando ainda mais uma população carente.   Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para reverter essa problemática. O Ministério da Saúde, deste modo, deve solicitar uma maior destinação do orçamento público para a saúde. Com o capital, o órgão deve investir na criação de unidades básicas de atendimento e infraestrutura médica nas regiões mais afastadas das grandes capitais, visando atrair uma maior quantidade de médicos. Espera-se com isso, melhorar a qualidade de vida referente a saúde da população, principalmente da parcela que carece desse serviço.