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Enviada em: 11/06/2019

O seriado produzido pela Rede Globo, ''Sob Pressão'', apresenta um grave quadro de caos na saúde pública, considerando a extrema falta de aparato médico e profissionais do âmbito. Embora seja uma obra ficcional, o seriado apresenta características que se assemelham no contexto atual brasileiro. Destarte, é fundamental analisar as razões que tornam essa problemática uma realidade nesse país.        Em primeiro plano, vale ressaltar que a constituição federal de 1998 assegura a todos no artigo 196 direito a saúde, entretanto torna-se evidente que tal não saiu do papel para grande parcela da população tendo em vista que os investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e em programas como o Mais Médicos não estão sendo suficientes para as necessidades apresentadas pelos municípios, pois falta medicamentos e aparelhos para a realização de exames. Verifica-se, o impacto disso ao analisar os números alarmantes e crescentes da fila de espera do SUS.        Outrossim, é valido ressaltar que como afirmava o sociólogo Bauman, a modernidade líquida traz consigo a fragilidade dos laços humanos. Sob essa ótica, nota-se, na atualidade, uma realidade individualista, visto que os planos de saúde, por exemplo, são extremamente elitistas cuja obtenção de lucros exorbitantes, às custas da saúde civil, destaca-se. Consoante, a tendencia de ''afogar'' o (SUS), torna-se regular, precarizando-o ainda mais.       Diante desse panorama, faz-se imprescindível a tomada de medidas ao entrave abordado. Para tanto cabe ao Governo Federal que juntamente com o Tribunal de Contas da União fiscalize incisivamente, da origem até o destino do dinheiro empregado na saúde pública, fazendo auditorias anuais em cada Estado para se ter convicção que a verba fornecida, tenha sido utilizada corretamente. Dessa forma o setor de saúde privada diminuirá pois a população não terá necessidade de se submeter a pagar o alto preço para esses atendimentos e garantir-se-á que será  restrita de fato a distopia de "sob pressão" á ficção.  seu local correto não mais haverá transgressão do direito à saúde.