Enviada em: 02/07/2019

De acordo com a Constituição Federal, de 1988, todo cidadão tem direito à saúde, garantida pelo Estado. Contudo, no atual panorama brasileiro, essa não é a realidade. Nesse sentido, devido ao subfinanciamento e a má gerência do Sistema Único de Saúde (SUS), grande parte da população opta pela automedicação, ao invés das enormes filas dos hospitais.    A priori, segundo o doutor Dráuzio Varella, 75% dos brasileiros dependem exclusivamente do SUS. Nesse sentido, espera-se que o atendimento público seja capaz de suprir tamanha procura, com infraestrutura respeitável e qualidade básica. Entretanto, devido à pouca entrada de verbas para sustento dos postos de saúde, a capacidade de oferecer bons serviços é prejudicada. Além disso, por muitas vezes, os recursos recebidos são mal administrados, com médicos que se opõem ao baixo salário e postos de medicamentos gratuitos em falta. Obliquamente, grande parte das pessoas que buscam consultas médicas, encontram atendimentos precários, incapacitando a melhora total do enfermo.       A posteriori, ao considerar as situações apresentadas, um elevado número de pessoas prefere a cultura da automedicação. Nesse viés, dados do ICTQ (Instituto de Pós-Graduação para Profissionais do Mercado Farmacêutico), 79% dos brasileiros com mais de 16 anos tomam remédio por conta própria. Diante disso, percebe-se que, tendo ciência das condições hospitalares atuais, o pronto atendimento só é solicitado em casos de extrema urgência, ação controvérsia ao levar em conta a legislação vigente, que, ao assegurar a saúde, deveria fazer jus ao que diz.       Logo, é imprescindível a necessidade de melhorias no Sistema Único de Saúde. Desse modo, cabe ao Governo Federal, em conjunto com o Ministério da Saúde, aperfeiçoar o SUS, por meio de investimentos diretos nos postos de saúde dos municípios, de maneira que os doentes recebam um bom atendimento sempre, capaz de suprir suas necessidades. Pois, como dito pelo filósofo Platão, "o importante não é viver, mas viver bem".