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Enviada em: 03/08/2019

Ao contrário do que versa o lema de acerca da igualdade conquistada com braço forte por todos presente no hino nacional, é perceptível, historicamente, a dificuldade em assegurar o direito à saúde no Brasil. Por conseguinte, a persistência da problemática reverbera em prejuízos ao coletivo e, decerto, demanda intervenções a fim de alterar essa lastimosa realidade nacional. Nesse sentido, para tal questão, é fulcral considerar as desigualdades sociais, bem como o atendimento precário nos postos de saúde.    Em primeiro plano, tem-se as disparidades sociais relacionados à temática do direito à saúde no Brasil. Nesse viés, é coerente analisar o pensamento da socióloga brasileira Djalma Ribeiro, a qual afirma que a institucionalização da desigualdade social engendra a invisibilidade da sociedade marginalizada. Dessa feita, não obstante a criação do SUS (sistema unificado de saúde), durante a década de 90, na tentativa de assegurar o direito à saúde às populações carentes, ainda persiste a ausência do poder público no que tange à falta de estruturação dos postos de saúde- como a precariedade dos equipamentos cirúrgicos e a desvalorização das UBS (unidade básica de saúde), mediante a supressão de profissionais interessados em atender nessas localidades.   Outrossim, nota-se o mau atendimento nos sistemas de saúde. Nesse ínterim, segundo levantamento feito pelo jornal " O Globo", em 2018, o atendimento precário mata mais pacientes à falta de acesso a médicos. Desse modo, tal cenário decorre da presença hegemônica do modelo biomédico, recorrente nos postos de saúde, no qual o profissional da saúde possui foco apenas na doença, ao contrário de objetivar a prevenção das enfermidades. Com efeito, tal cenário de descaso fomenta a transmissão de epidemias e doenças relacionadas à falta de saneamento básico, uma vez que, a população fica aquém das instruções necessárias a serem seguidas com o foco no tratamento e prevenção de quadros clínicos.   Dessarte, reafirmam-se os prejuízos sociais ocasionados pelos desafios em assegurar o direito à saúde no Brasil. Logo, o Governo Federal deve contratar fiscais para trabalharem nas UBS, por meio da abertura de concursos públicos, os quais avaliem a qualidade estruturação e atendimento nos postos de saúde, a fim de atenuar as consequências decorrentes da desigualdade social. Ademais, o MEC deve oferecer, nas faculdades de ciências da saúde, uma disciplina  social, mediante Base Comum Curricular,  a qual professores instrua os estudantes à prática do atendimento humanizado, com o fito de melhorá-lo. Assim, garantir-se-ão os ideais do hino nacional.