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Enviada em: 18/06/2017

Saúde é uma das necessidades mais fundamentais do ser humano. Embora, de fato, seja um direito assegurado pela constituição civil, a realidade, por vezes , não é condizente a esse princípio. Nesse sentido, a promoção plena desse direito em nosso país torna-se uma questão nos âmbitos institucional e político que precisam ser repensada.     Primeiramente, deve-se pontuar a má administração estatal. Aristóteles , filósofo grego, define que um bom governante é aquele o qual sobrepõe os interesses públicos aos, privados. Todavia, a realidade, muitas vezes, é de políticos envolvidos em grandes esquemas de corrupção e desvios de verba, em detrimento do sucateio de direitos sociais. Consequentemente, hospitais públicos e clínicas populares são duramente afetadas, já que a falta de um repasse efetivo de verbas culmina num défice tanto de equipamentos ,quanto de funcionários, prejudicando em larga escala a população que depende desse serviço.      Além disso, é preciso ressaltar a segregação socioeconômica desse direito. Nessa perspectiva, visto a ,por vezes, ineficiência do setor público, o caminho feito por muito cidadãos é buscar assistência no, privado. Contudo, o preço oferecido nem sempre é compatível com as condições financeiras de grande parte da população, já que tratam-se de empresas numa lógica capitalista em prol do lucro. O resultado é a segregação entre apartação entre os que podem, ou não, pagar para ter uma saúde mais eficaz, levando, dessa forma, ao cerceamento desse direito para muitos brasileiros.       A nação, portanto, tem um quadro crítico que precisa ser revertido. Logo, é essencial a atuação do Poder legislativo junto aos Governos Estaduais e municípios, não só criando auditorias que visem melhor fiscalizar e punir políticos envolvidos em casos de corrupção e má administração, mas também destinar o dinheiro recuperado nessas apreensões diretamente para manutenção de serviços públicos, como hospitais e clínicas, melhorando o atendimento para o corpo social. Também é necessária a ação da União junto a iniciativa privada, o primeiro com financiamentos e a segunda disponibilizando sua infraestrutura , a fim de estabelecer locais ambulatórios conveniados a serviço do Estado, acentuando a democratização do acesso a uma saúde de qualidade. Assim, talvez, o Brasil torne-se um país em que ter um exame ou um médico disponível não mas seja, muitas vezes, um privilégio.