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Enviada em: 21/06/2017

Saúde é uma das necessidades mais fundamentais do ser humano. De fato, embora seja um direito assegurado pela constituição civil, a realidade, por vezes, não é condizente a esse princípio. Nesse contexto, a promoção plena desse direito em nosso país torna-se uma questão nos âmbitos institucional e econômico que precisam ser repensados.     Primeiramente, deve-se pontuar a má administração estatal. Aristóteles, filósofo grego, define que um bom governante é aquele o qual sobrepõe os interesses públicos aos, privados. Todavia, a realidade, muitas vezes, é de políticos envolvidos em grandes esquemas de corrupção e desvios de verbas, em detrimento do sucateio de direitos sociais. Consequentemente, hospitais públicos e clínicas populares são duramente afetados, já que a falta de um repasse efeito de recursos culmina num déficit tanto de equipamentos, quanto de funcionários, situação a qual prejudica, em larga escala, os segmentos da população que dependem diretamente desse serviço.      Além disso, é preciso ressaltar a segregação socioeconômica desse direito. Nessa perspectiva, visto a ,por vezes, ineficiência do setor público, aderir a assistência privada torna-se medida avaliada por muitos cidadãos. Contudo, uma vez que tratam-se de empresas numa lógica capitalista, o primeiro objetivo almejado é o lucro, antes do bem-estar social. O resultado, muitas vezes, são preços pouco democráticos, o que converge para uma apartação entre os que podem, ou não, pagar por uma saúde mais eficaz. Dessa maneira, um direito que deveria ser universal, termina, em muitos casos, restrito a uma pequena parte de brasileiros privilegiados.      A nação, portanto, tem um quadro crítico que precisa ser revertido. Logo, é essencial a atuação do Poder legislativo junto aos Governos Estaduais e municípios, não só com a criação de auditorias que visem melhor fiscalizar e punir políticos envolvidos em casos de corrupção e má administração, mas também destinar o dinheiro recuperado nessas apreensões diretamente para serviços públicos, como hospitais e clínicas, melhorando o atendimento da população. Também é necessária a ação da União junto a iniciativa privada, este com financiamentos  e essa com a disponibilização de sua infraestrutura, a fim de estabelecer ambulatórios conveniados a serviço do Estado, acentuando a democratização do acesso uma saúde de qualidade, independentemente da renda do indivíduo.Assim,talvez,o Brasil torne-se um país em que ter um exame ou um médico disponível não mas seja, por vezes, um privilégio.