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Enviada em: 30/09/2017

Com o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas, no campo de batalha da Primeira Guerra Mundial e o descobrimento da penicilina, pelo médico e bacteriologista Alexander Fleming, o século XX começou com grandes avanços na área da saúde. Apesar disso, a situação da saúde no Brasil atual encontra-se bastante deteriorada. Superlotação, falta de médicos e enfermeiros, falta de infraestrutura física, demora no atendimento, escassez de medicamentos e ausência de leitos. Tal situação é reflexo de um passado colonial em que não haviam medidas de combate de doenças, as pessoas recorriam a crenças para conseguir a cura. A assistência médica só chegou com as Santas Casas de Misericórdia e, mesmo com as reformas urbanas de saneamento básico e vacinação durante o Segundo Reinado, a saúde brasileira sempre apresentou-se fragilizada.                  Em primeiro lugar é válido ressaltar que, no Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição de 1988 com o objetivo de atender toda a população, contudo,  não promove a saúde,  e sim, demonstra a negligência estatal ao defender uma lógica curativa, bastante imediatista, inviabilizando a prevenção. Este encontra-se em uma situação crítica devido a má administração pública, já que conta com apenas 4,2% dos recursos do governo, além de sofrer com o desvio de verbas e falta de transparência. Frequentemente depara-se com casos de pacientes que vieram a óbito na fila de espera do SUS, devido a superlotação, fato que não deveria ocorrer, pois, segundo a Constituição de 1988, a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado garantir as condições indispensáveis ao seu exercício.               Em segundo lugar, em razão da pressão da sociedade civil por soluções rápidas,o Governo resolveu contratar médicos estrangeiros por meio do programa Mais Médicos para suprir a carência profissionais nas cidades do interior. Tal atitude reflete um enorme gargalo no atendimento médico brasileiro, além disso, constitui apenas uma medida paliativa e não uma solução a longo prazo. Se os médicos do interior e os dos Postos de Saúde da Família fossem devidamente valorizados,não haveria necessidade de contratar profissionais estrangeiros.           Torna-se necessário, portanto, que a Receita Federal destine uma maior parcela dos impostos arrecadados na melhoria da infraestrutura dos hospitais,além da fiscalização das verbas para que haja  uma melhoria no atendimento.O Ministério da Saúde deve promover campanhas de prevenção que serão capazes de resolver cerca de 80% dos problemas para evitar a superlotação dos hospitais. Além disso é necessário investir na qualificação profissional, por oferecer estímulos para recém formados ir para o interior, além de dar benefícios curriculares  para suprir a demanda por médicos.