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Enviada em: 24/08/2017

Filas intermináveis. Pacientes em leitos nos corredores. Ausência de medicação e equipamentos quebrados. Infelizmente, a realidade da saúde do Brasil está longe de ser considerada aceitável e acessível. A falta de investimentos no setor aliada a um histórico de descaso e a má administração dos recursos corroboram para o triste cenário brasileiro.        A Constituição Federal de 1988 – norma de maior hierarquia no sistema jurídico – foi responsável pela criação do Sistema Único de Saúde que tem como preceito o acesso integral, universal, igualitário e gratuito da saúde a todos. Porém, quando o Estado, gestor dos interesses coletivos, não provê os devidos serviços de saúde à população, instaura-se um cenário de vulnerabilidade que impede o desenvolvimento social e o consequente pleno exercício da cidadania. Este cenário de descaso, no entanto, data de séculos atrás com início na brasil colônia. Desde aquele período, o país não dispunha de modelo de atenção à saúde e nem mesmo o interesse em criá-lo, por parte do governo colonizador, criando um cenário que perdura até os dias de hoje.         Em concomitância com o então apresentado, emenda-se a falta de investimentos no setor. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, o investimento em saúde é menor que a média global e mais de metade dos gastos com saúde são arcados pelo próprio paciente. Este cenário somado a má administração dos recursos nos hospitais, acarreta em péssimos serviços que não atendem às necessidades da população.         Nesse ínterim, medidas são necessárias para reverter tal quadro no país. Convém, portanto, que, o Estado, por meio do Ministério da Saúde, aumente os investimentos em saúde no país e garanta o repasse às demais instâncias. Garantido os investimentos, cabe ao Município, por meio da Secretária Municipal de Saúde, promover a gestão dos recursos com o fito de melhorar as condições dos hospitais e garantir o acesso à saúde. Por fim, cabe à população, por meio de fóruns, promover debates com propostas de melhorias aos serviços. Sob tal perspectiva, em ação conjunta entre população e sociedade, poder-se-á construir um país mais saudável.