Enviada em: 31/08/2017

Ordem, saúde e progresso    Sabendo que a saúde é um direito, não só do cidadão, mas sim humano, é comum que haja um questionamento do porquê ainda há pessoas que carecem de serviços essenciais à vitalidade em nosso país. Com isso, surgem manifestos e reivindicações quem pedem por melhorias na saúde pública brasileira, o que é de extrema importância para o progresso de nossa sociedade.     Primeiramente, é necessário ter em mente que cerca de 40% da população do Brasil não dispõe de saneamento básico, segundo dados do IBGE. Essa porcentagem é alarmante, pois tratando-se de uma utilidade básica de saúde pública, em tese, qualquer cidadão deveria desfrutar dela.      Em consequência da falta de saneamento, a proliferação de doenças ocorre com mais frequência, fazendo com que a população recorra aos serviços da medicina. Outro problema começa aqui: a menos que o paciente tenha um plano de saúde privado, o que representa menos de 30% de nossa população absoluta, ele deve entrar na fila de espera do sistema público de saúde, no qual, muitas vezes, leva-se meses para ser atendido, devido ao ainda escasso número de profissionais.   Já tendo em vista que a saúde de qualidade no Brasil é extremamente segregada, e a mais acessível à população é precária, podemos trazer essa problemática também aos novos profissionais que se formam em nosso país. O Brasil tem evoluído muito nessa questão em razão do programa "Mais Médicos", que vem sendo aplicado com a intenção de aumentar o número de especialistas da saúde no interior do país, já que a grande maioria deles se concentra, até então, nas capitais e no litoral, o que estava tornando o sistema de saúde brasileiro insustentável.     Percebe-se, portanto, que a reivindicação por uma saúde melhor é essencial em nosso país. Para isso, é necessário que a mídia exponha a calamidade desse impasse, mostrando o contraste entre cidades-modelo e cidades que carecem das estruturas de saneamento básico e saúde pública, como a cidade de Franca, em São Paulo, que é exemplo em ambas as questões, e Belém do Pará, que mesmo sendo capital, ainda necessita de muitas melhorias. A sociedade pode mobilizar-se por meio de protestos e da internet para exigir do governo maior investimento em serviços de saúde pública e na formação de mais profissionais, exigindo a abertura de mais vagas nas universidades federais e estaduais do país. Assim, o lema que consta na bandeira do Brasil fará cada vez mais sentido, e caminharemos para ter uma nação saudável e satisfeita com o sistema público.