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Enviada em: 21/09/2017

Uma fábula chamada Artigo 196.    A Constituição Federal é clara sobre a questão da saúde no Brasil: é dever do Estado Garantir acesso universal e igualitário à ela. No entanto, fora do papel, a saúde é um direito muitas vezes inacessível. E isso ocorre por culpa dos governantes e da ignorância do povo.     Em primeiro lugar, é importante ressaltar como a política vigente se mostra paradoxa à Constituição. Por ano, milhões são gastos com plano de saúde particular para os responsáveis pela administração do plano público. Essa segregação, proporcionada com dinheiro popular, além de evidenciar a falência do Sistema Público de Saúde (SUS), promove o desconhecimento quanto aos seus problemas, uma vez que eles não vivenciam tal realidade. E assim, esse processo dá margem à corrupção e ao descaso com outras questões que melhoraria essa problemática.     Dessas alternativas, o saneamento básico apresenta-se como uma solução viável mas não recebe destaque. Sabe-se que o maior vetor transmissor de doenças no Brasil é a água. Nesse caso, a sanitarização, ao diminuir a contaminação, reduziria o número de doentes e as filas de espera para tratamento. Entretanto, por se tratar de obras dificilmente enxergadas pela população, deixam de ser requisitadas e não viram prioridade política.    Portanto, fica claro que a insipiência popular e os privilégios governamentais devem ser combatidos para que a saúde brasileira melhore. Diante disso, seu acesso deve ser democratizado através da extinção do pagamento de planos privados para políticos pela União. Ademais, a mídia, com novelas e reportagens, pode conscientizar as pessoas sobre a necessidade de reivindicar políticas como a universalização do saneamento básico. Promovendo isso, é possível acreditar que o Artigo 196 da Constituição Federal deixará o plano imaginário para integrar a realidade dos brasileiros.