Materiais:
Enviada em: 11/09/2017

No início do século XX, a população carente brasileira recebia atendimento hospitalar, apenas por intermédio da filantropia, só em 1953, no governo de Getúlio Vargas, que houve a criação do Ministério da Saúde, que posteriormente gerou o SUS, Sistema Único de Saúde. Com base nisso, nota-se que o país padece com um atraso em relação ao tratamento do doente carente, visto que esse setor apresenta um cenário atual caótico. Nesse sentido dois aspectos se fazem relevantes em relação a esse dilema: o legado histórico e a má gestão governamental.     Em primeiro lugar, vale ressaltar que o direito à saúde está na Constituição de 1988, e a partir dela houve a implantação do SUS. Esse sistema é considerado por muitos países, como uma referência, pois, na teoria, é uma política que visa garantir o acesso universal á saúde. Contudo, o passado e o presente revelam que esse isso é bem utópico, uma vez que o serviço público de saúde, não cumprir o seu papel. Ademais, o país possui retardo no que se refere a tratamento de doentes pobres, uma vez isso só deu início efetivamente há um pouco mais de 60 anos há trás, durante a ditadura varguista.     Por outro lado, é imprescindível destacar, também, que os hospitais públicos brasileiros possuem uma infraestrutura precária e não têm profissionais qualificados. Dessa forma, quem padece as consequências dessa realidade, são as pessoas mais carentes, pois precisam de um tratamento, só que não conseguem o atendimento pelo SUS. Além do mais, no ano de 2015, houve uma redução no número de leitos no país, de acordo com levantamentos do Conselho Federal de Medicina, e de acordo com o G1, em São Paulo, existem 2,99 leitos para cada mil pessoas. Esses fatos revelam a situação crítica do serviço de saúde público, que devido à má gestão e o desvio de verbas, faltam recursos financeiros para manter o SUS de modo eficaz.    Fica evidente, portanto, que o Brasil precisa garantir o direito constitucional à saúde. Logo, cabe ao Ministério da Saúde, ampliar os investimentos para aumentar os leitos, a distribuição de remédios e melhorar a infraestrutura dos hospitais públicos. Tal ação deve ser financiada pelo uso dos royalties do petróleo. Já a Controladoria-Geral da União (CGU) deve fiscalizar com mais rigor os recursos direcionados às politicas de saúde, a fim de combater a corrupção. Isso precisa acontecer por intermédio da aplicação de punições mais severas aos funcionários públicos envolvidos com desvio de verba, e promoção da transparência dos gastos com esse setor. Por outro lado, a mídia necessita persuadir e mobilizar os brasileiros, a fim de reivindicarem o direito à saúde, por meio de campanhas publicitárias nas redes sociais. Todas essas medidas devem ser realizadas com o intuito de amenizar os problemas do SUS.