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Enviada em: 12/09/2017

Eça de Queiroz, escritor realista do século XIX, diz que uma dor de dente dói mais que uma guerra na China. Talvez hoje ele percebesse coerente sua fala: aliados, a falência do Estado como órgão gestor e a falta de humanização dos atendimentos trazem uma nefasta consequência para saúde da sociedade de ordem e progresso. Sob a égide da Constituição Federal Brasileira, outorgada em 1988, os direitos básicos devem ser universais. Entre esses, a saúde se encontra em amplo espectro, funcionando em lei a partir do ano de 1990, cujo acesso é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. Contudo, a extenuante falta de credibilidade presenciada em hospitais superlotados e intermináveis filas de espera provam cotidianamente o descaso e a impunidade governamental. Anexo, o atendimento deficiente aos pacientes compõe a presente celeuma. Diante desse cenário, a desvalorização do enfermo é de efeito estarrecedor. Essa realidade aponta para a perda de qualidade do atendimento público em função da carência de recursos e disponibilidade de tempo. Torna-se claro, nesse sentido, a necessidade de atendimento abundante e especializado. No entanto, esse só pode suceder com a empatia governamental. Em virtude das premissas supracitadas, é necessário que o Congresso volte seu olhar para saúde do país. Ao governo, cabe a concepção de campanhas midiáticas dispostas a divulgar informações que preparem a sociedade e os funcionários da saúde para uma reestruturação do ideal da saúde brasileira, buscando uma visão preventiva, com tomada de medidas profiláticas a fim de evitar surtos  e acidentes. Bem como a implementação, a longo prazo, de estruturas de saúde e capacitação de funcionários para um atendimento mais humano e eficiente. Só assim, o sistema de saúde brasileiro poderá prosperar e ganhar cada vez mais credibilidade.