Materiais:
Enviada em: 18/09/2017

Longas filas. Escassez de medicamentos e equipamentos. Poucos funcionários. Pacientes em macas pelos corredores. Esse é o ambiente hospitalar na rede de saúde pública no Brasil. Nota-se, portanto, que embora a Constituição Federal de 1988 assegure atendimento de qualidade nos hospitais, esse direito é negligenciado para a população. À vista disso, reverter esse cenário caótico é um desafio incontrovertível para a gestão do país.    A princípio, vale pontuar que a meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1948, com a publicação dos Direitos Humanos, ainda não é uma realidade brasileira. Uma prova disso, é a pesquisa divulgada pelo Jornal G1, na qual cerca de trinta distritos da rede metropolitana de São Paulo ainda não possuem leito, cena comum em todos os estados e contrária a idealizada pela ONU. Dessa maneira, percebe-se a falta de comprometimento do Governo com os direitos básicos da população, agravando ainda mais o quadro de precariedade da saúde pública.   Ademais, convém ressaltar que as disparidades econômicas impossibilitam a universalização da saúde no Brasil. Tendo em vista o processo de formação da nacionalidade em questão, há forte caráter elitista desde a proclamação da República, em 1889, em que os assuntos da burguesia eram tidos como mais urgentes e importantes. Dessa maneira, essa herança cultural que “exclui” as classes menos favorecidas persiste até os dias atuais. Comprova-se isso através da pesquisa supracitada do G1: as regiões mais nobres de São Paulo contam com maior número de leitos e hospitais, enquanto as áreas periféricas ficam `a mercê de longas esperas para atendimento.   Logo, é indubitável que haja um equilíbrio entre serviços públicos e boa qualidade. Para isso, é necessário que o Poder Público Federal atue, criando tanto novos hospitais em zonas periféricas como contratando novos profissionais especializados, por meio da maior destinação dos impostos arrecadados pela Receita Federal, visando romper tanto com a cultura excludente quanto com as desigualdades sociais. Além disso, é importante a união entre municípios e setores privados para a fabricação e distribuição de medicamentos e vacinas, impedindo que doenças se tornem epidêmicas e comprometam a saúde coletiva das cidades. Ainda, é fundamental que a gestão pública do país - Ministério da Saúde, Educação e Propaganda - invistam em publicidade de medidas profiláticas em escala nacional, através da televisão, rádio e cartazes, orientando e auxiliando a população sobre doenças recorrentes no clima tropical, evitando seu contágio e mantendo a ordem no sistema público de saúde.