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Enviada em: 07/10/2017

A Constituição brasileira vigente, promulgada em 1988, garante à todos os  cidadãos o direito à saúde. Para efetivar essa determinação foi então instituído o SUS (Sistema Único de Saúde), o sistema público de saúde do Brasil. Contudo, hodiernamente, a garantia do acesso à um sistema de saúde público e de qualidade ainda é utópica para os brasileiros, e isso torna a saúde um artigo de luxo, pois se faz necessário pagar por ela.       Em primeiro lugar, é indubitável a insuficiência e precariedade da saúde pública brasileira. Faltam leitos, médicos, enfermeiros, equipamentos entre outros em quase todas a unidades do SUS do país. A situação é tão calamitosa que é abordada praticamente todos os dias nos jornais. Nessas matérias é exposto a realidade dos hospitais e postos de atendimento, nas quais os pacientes são atendidos até mesmo nos corredores, por falta de estrutura, e o número de mortes é elevado.       Ademais, a saída encontrada por muitos brasileiros é recorrer à planos de saúde particulares. Contudo, eles são um privilégio com o qual apenas poucos podem arcar. Os valores das empresas é sempre elevado, pois elas tem conhecimento que não vendem um bem supérfluo, mas sim necessário, que é o acesso à um sistema de saúde de qualidade.  Um exemplo dos valores exorbitantes é o plano de saúde da empresa Unimed, que custa para uma família de quatro pessoas, dois adultos e duas crianças, o valor aproximado de 1500 reais, sendo que o salário mínimo nacional é 937 reais.       À vista disso, é clara a necessidade de se cumprir o direito à saúde do povo brasileiro, e consequentemente democratizar o seu acesso. Para isso, é preciso que o Governo Federal estipule que 10% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil seja destinado ao Ministério da Saúde, que por sua vez deve reverter esse montante em benefício do SUS. Dessa forma, devem ser construídos e reformados hospitais e postos de atendimento, contratados mais médicos e enfermeiros além de se investir em equipamentos e afins.