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Enviada em: 18/10/2017

A saúde pública é um direito do cidadão brasileiro desde a implantação da Constituição Federal de 1988, quando o Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado. Tal medida teve por objetivo a redução da desigualdade na assistência a saúde da população. Porém, não é o que vemos no cenário atual, o qual possui inúmeros problemas estruturais e administrativos entre eles, a falta de profissionais para atendimento e má distribuição de recursos como medicamentos e agilidade no diagnóstico.    Em primeiro lugar, a criação do SUS aumentou os gastos públicos com a saúde, mas em contrapartida esses não estão sendo suficiente para suprir a demanda de usuários desse sistema. Segundo dados do Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF/RJ), o Brasil investe apenas 4,7% do PIB em saúde, em decorrência disso a falta de profissionais da saúde atuando é apenas uma das resultantes do investimento insuficiente. Esse impasse, gera um colapso no método, visto que, a ausência de atendimento agrava a situação dos pacientes, o que por consequência gera mais gastos para o governo.    Além disso. atrelado ao baixo número de profissionais atuantes, têm-se a má distribuição dos recursos como a escassez de medicações nos postos de saúde e farmácias públicas, pequeno número de leitos para um grande contingente populacional e a falta de aparelhos para a realização de exames. Uma pesquisa feito pela Folha de São Paulo, relata que algumas cidades do estado, contam com menos de um leito para cada mil habitantes, quando o Ministério da Saúde sugere de 2,5 a 3 leitos/ mil habitantes. Diante do exposto, surgem as filas de espera por um leito, doenças secundárias devido a exiguidade na quantidade de medicamentos e a não diagnose precoce de patologias, pois não há aparelhos para fazer exames. Dessa forma, fica evidenciado que o Brasil não investe de forma adequada na saúde, sendo necessário, a introdução de medidas para melhoria dessa calamidade pública.     Nessa perspectiva, portanto, vê-se que é fundamental a ação do Ministérios da Saúde, juntamente com o Poder Executivo, afim de exercerem práticas como aumento no número de vagas para os profissionais da saúde e a ampliação das infraestruturas hospitalares. Ademais, o Ministério da Educação e do Desenvolvimento gerando mais vagas nas universidades para médicos, enfermeiros, biomédicos e farmacêuticos, bem como o governo fazer um acordo com relação a abatimento de impostos para as farmácias privadas que fizerem doações de medicações para a população. Se essas medidas forem tomadas, parte do direito do cidadão brasileiro estará assegurado, conforme a Constituição Cidadã.