Materiais:
Enviada em: 05/10/2017

Em " O Cortiço", de Aluísio de Azevedo, são retratadas com maestria as condições de vida da população pobre no século XIX, onde a saúde precária contribuía para epidemias frequentes. Somente em 1988, a saúde passou a ser um direito de todos. Porém, a atual condição em que os serviços ofertados se encontram dificulta a concretização desse direito.       Em princípio, destaca-se que o sistema de saúde vigente no Brasil serve de modelo para diversos países. No entanto, apesar dos altos investimentos feitos pelo Estado, práticas ilícitas, como a corrupção, corroboram para a falência desse sistema quando colocado em execução. A má gestão do dinheiro público pode ser observada no hospital Pedro Ernesto, que recentemente ficou impossibilitado de efetuar internações, exames e amparar com qualidade os moradores do Rio de Janeiro, pela falta de estrutura e materiais básicos. Com isso, observa-se que o dinheiro desviado para gozo de alguns, nega um direito de muitos.       Ademais, a falta de medidas preventivas também representam um empecilho. De acordo com o IBGE, 4 em cada 10 domicílios não possuem saneamento básico, sendo assim, enfermos como a amebíase, cisticercose, infecções e até mesmo a dengue se proliferam, gerando epidemias que sobrecarregam ainda mais os profissionais de saúde e os cofres públicos.       Portanto, medidas são necessárias para a efetivação do direito a saúde. O Ministério Público, deve realizar audições e incentivar a população a fiscalizar os investimentos, com o objetivo de combater práticas ilícitas. As secretárias de saúde, em parecia com o Ministério do Desenvolvimento, devem priorizar a instalação de saneamento básico, além de disseminar formas de prevenção para a população de baixa renda, como a fervura e adição de cloro na água, enquanto as obras sanitárias não são finalizadas.