Materiais:
Enviada em: 11/06/2018

O intenso processo de envelhecimento populacional nas últimas décadas é resultado contínuo dos avanços na saúde, no saneamento básico e na alimentação, que vêm proporcionando maior expectativa de vida à população. Diferentemente da China e Japão, em que a população idosa é valorizada por sua sabedoria e conhecimento, no Brasil, o despreparo da população e do setor público para atender as necessidades dos idosos, acaba por deixar esta parcela da população, desamparada.       Na sociedade capitalista, como defendido por Marx, o trabalho é a principal ferramenta do homem para a construção e a transformação da sociedade e de si próprio. Nesse contexto, a contínua diminuição da força de trabalho ocasionada pelo envelhecimento é vista de maneira negativa pela sociedade e o preconceito para com os idosos é evidenciado pela dificuldade de ofertas de trabalho para esse público. Além disso, esse processo de exclusão do mercado de trabalho e da vida cotidiana em concomitância com a definição de Marx, acaba por destituir dos mais velhos a sua função social e gera, nos casos mais extremos, depressão e até suicídio.       Ademais, outro fator que corrobora para a dificuldade da convivência dessa população é a diminuição das interações na esfera social durante a velhice. Como causas pode-se destacar: a relação com a família é afastada pela correria do dia-a-dia e a diminuição das confraternizações com os amigos é devida, principalmente, às dificuldades de locomoção que surgem nesse período. Nesse sentido, as relações sociais, chave importante para garantia do bem-estar, é prejudicada e a falta e políticas públicas nesse viés, prejudica o desenvolvimento físico e mental.           Nesse ínterim, portanto, a participação, tanto da mídia, quanto do poder público é, essencial para a mudança dessa realidade no mundo. Cabe à Federação, por meio do Ministério do Trabalho, instituir leis que regulem posições obrigatórios de idosos, tanto na iniciativa privada, quanto na pública, com jornadas reduzidas e trabalhos mais leves. Soma-se a isso, o dever municipal, por parte da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Cidadania, em garantir a construção de grupos de convivência com atividades recreativas com o suporte de profissionais da saúde especializados nessa parcela da população. Por fim, a mídia, por meio de publicidade, novelas e seriados, tem papel fundamental em propagar a importância dos idosos com o fito de concatenar senso crítico. Sob tal perspectiva, poder-se-á construir um país que respeite os mais velhos.