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Enviada em: 14/10/2018

O Brasil encontra-se atualmente no terceiro processo de transição demográfica, o qual é marcado pela desaceleração do crescimento populacional, devido a redução das taxas de natalidade. Nesse sentido, o envelhecimento da nação brasileira é notório e atrelado a isso é fundamental ter uma política direcionada a essa parcela da sociedade, uma vez que os direitos da terceira não são garantidos. Desse modo, é válido analisar o Estatuto do Idoso e a violência contra a população mais velha.    Em primeiro lugar, vale ressaltar que o desrespeito ao Estatuto do Idoso representa um entrava para a construção de uma sociedade harmônica.Isso ocorre, sobretudo, devido a falta de educação dos mais jovens, visto que não obedecem às filas preferencias e estacionam em vagas reservadas aos idosos. Soma-se a isso o descaso do governo com a qualidade de vida dessa parcela da nação, haja vista as péssimas condições das calçadas de rua. Para ilustrar, a ONG denominada Instituto Corrida Amiga, mostrou que das 2547 calçadas mapeadas em 23 cidades, 73,6% estão em situações irregulares. Dessa forma, de acordo com Aristóteles "A base da sociedade é a justiça'' nota-se que essa frase não condiz com o atual panorama brasileiro, posto que os direitos dos idosos não são assegurados.    Ainda nessa questão, é fundamental pontuar que Simone Beauvoir, em sua obra "A velhice", reconhece e explicita aspectos da agressão oculta contra os idosos, imposta e perpetuada na contemporaneidade. Tal fato acontece, já que a violência simbólica direcionada a terceira idade, executada principalmente pela família, é manifestada mediante a agressão verbal, omissão de assistência, negligência e preconceito. A prova disso é o dado do Disque 100, um telefone que atende denúncias contra os direitos humanos, o qual apontou que até 2017 houve 32.632 denúncias de violência contra aos idosos. Assim, se a cultura indígena considerava a população mais velha como sagrada e dotada de conhecimento, atualmente, o idoso sofre um processo de exclusão hostilidade frente ao corpo social.        Tornam-se evidentes, portanto, os elementos que contribuem com o atual cenário negativo do país. Nesse sentido, cabe ao Ministério da Educação em parceria com ONGs de amparo aos idosos, por meio de palestras nas escolas, estimularem e instruírem, desde cedo, os jovens a respeitarem a terceira idade, além de promoverem campanhas públicas que expliquem à sociedade como reconhecer os sinais de violência contro o idoso, como ter medo de um familiar ou de um cuidador profissional, com objetivo de tornar a velhice um período saudável e digno. Por fim, O Ministério da Justiça reforce as medidas punitivas à frente de infrações dirigidas a população mais velha e o Ministério do Planejamento, corrija as calçadas defeituosas, a fim de garantir os direitos da terceira idade.