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Enviada em: 22/10/2018

Nos últimos anos, o progresso da medicina proporcionou um crescimento na expectativa de vida brasileira. Desse modo, o país apresentou uma alteração significativa em sua demografia, aumentando o percentual dos idosos. Contudo, esse desenvolvimento científico não significou uma melhoria no bem estar dessas pessoas. Assim, nacionalmente, as necessidades socioeconômicas da terceira idade não estão sendo supridas de forma digna.       Hoje em dia, apesar de constituírem uma parcela significativa da população, sabe-se que os mais velhos ainda sofrem com o preconceito dos jovens. Essa situação deve-se às limitações físicas e psicológicas, que são muitas vezes usadas como desculpa. Além disso, a falta de infraestrutura urbana no Brasil compromete sua mobilidade e interação social. Demais, os problemas na Previdência acentuam a imagem de "peso morto" que muitos têm sobre a velhice. Esse quadro reforça o pensamento do Determinismo, segundo o qual a função social é predeterminada pelas características biológicas. No entanto, esse viés deve ser combatido, por representar uma ameaça aos direitos humanos.        Também é importante notar que a sociedade do século XXI é caracterizada por seu individualismo, o que dificulta a vida da população senil. Destarte, a constante falta de tempo torna a responsabilidade de cuidar de um idoso uma atribuição árdua. Ainda, os avanços tecnológicos não são acompanhados por eles e poucos têm capacidade de facilitar essa aproximação. Dessa maneira, eles veem-se progressivamente distantes do mundo moderno e com mais barreiras para interagir com indivíduos de outras faixas etárias. Esse cenário está relacionado ao pensamento do filósofo Zygmunt Bauman, que prevê a egocentria na chamada modernidade líquida. Segundo ele, as "relações escorrem pelos vão dos dedos."       Para tanto, o Estado deve intervir para a garantia de que os direitos da terceira idade sejam respeitados de maneira justa. Dessa forma, o Ministério dos Direitos Humanos deve adotar um programa que priorize essa porcentagem demográfica. Por conseguinte, esse órgão estipulará uma mudança na Previdência Social de modo elevar o poder aquisitivo dos idosos, facilitando sua inserção na comunidade.  Esse trabalho será realizado em confluência com o Ministério da Fazenda, a partir de "royalties" do petróleo. Para mais, o Ministério da Educação produzirá uma cartilha para informar os alunos do ensino básico sobre o respeito às diferenças e às minorias. Consequentemente, o convívio entre todas as idades será cada vez mais possível e positivo.