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Enviada em: 26/10/2018

Melhor idade: pior descaso  De acordo com o Estatuto do Idoso, nenhum indivíduo com sessenta anos ou mais pode ser vítima de descaso, violência ou preconceito. Entretanto, é inegável tal preceito vai de encontro ao Brasil do século XXI, devido ao crescente número de casos de transgressão aos direitos dessa população, causado pela negligência estatal e social. Tal problemática acarreta maus-tratos físicos e psicológicos, e a a exclusão social dessa classe.   Nesse contexto, na antiguidade Greco-Romana, ser idoso era considerado um privilégio alcançado por poucos, e por isso eram tratados como os mais respeitados e sábios das classes sociais. Em contraponto, na realidade brasileira essas pessoas estão tendo seus direitos violados, isso é ratificado por dados da Delegacia de Proteção ao Idoso (DPID) sobre o aumento do número de denúncias de menosprezo e abandono. Tais fatos ocorrem devido a um somatório de fatores, pois como para cuidar de indivíduos da terceira idade são necessários recursos como tempo, capital financeiro e medicações,  e como a maioria apresenta apresentam limitações físicas e psicológicas, muitos são marginalizados socialmente.   Sob essa ótica, pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) concluem que futuramente a maioria da população será composta por pessoas com mais de sessenta anos, corroborando a necessidade da asseguração de seus direitos. Tal tema é um desafio em virtude da ausência de políticas públicas eficazes para a inclusão desses cidadãos, ocasionando a eles falta de opções para lazer e recreação, e dificuldade de acessibilidade e locomoção.   Dessa forma, o filósofo da antiguidade Aristóteles defende que a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça o equilíbrio seja alcançado. Portanto, torna-se imperativa a ação do Estado, através da criação de programas públicos que forneçam ao idoso opções viáveis de entretenimento, como áreas de socialização e espaço para a realização de atividades físicas, acompanhados de profissionais qualificados. Visando assim, a garantia dos direitos estabelecidos pelo Estatuto do Idoso. Outrossim, é indispensável a realização de aulas e palestras pelos institutos educacionais, juntamente ao Ministério da Educação, que ensinem a todos sobre o respeito e ao cuidado e valorização dos mais velhos, objetivando a diminuição dos maus-tratos e da negligência sofrida pela terceira idade.