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Enviada em: 03/07/2017

A partir dos últimos 30 anos, a pirâmide etária brasileira passou por grandes mudanças. No entanto, vale destacar o aumento da população idosa, como resposta ao avanço da medicina, principalmente. Contudo é importante pontuar, ainda, que apesar do Congresso Nacional ter aprovado o Estatuto do Idoso em 2003, o qual tem como objetivo defender seus direitos, na prática falta muito a ser feita para a efetivação da supracitada lei, bem como uma mudança na mentalidade da sociedade em relação ao segmento em questão.   A defesa dos direitos dos idosos convivem com sua violação. A priori, pode-se destacar a falta de serviços mais indispensáveis, como atendimento médico especializado, disponibilidade de medicamentos para diabetes e hipertensão, doenças muito comuns nessa idade. Ademais, é fundamental pontuar, ainda, que apesar de o Estado se comprometer com o bem-estar social da Terceira Idade, deixa a desejar ao pouco se referir à adaptação de um ambiente capaz de integrá-los no âmbito social e cultural, sobretudo. Isso mostra a incapacidade das políticas públicas em responder a tais mudanças populacionais que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, se tornarão ainda mais presentes nos próximos anos.   Outrossim, é válido salientar que a exclusão no âmbito social e familiar somam contra a qualidade de vida dos idosos. Muitas pessoas, erroneamente, acreditam que, por estarem em ''idade avançada’', não sentem desejo de passear ou fazer parte das reuniões familiares. E, dessa forma, estereotipados, tornam-se alvos fáceis de chacota e escárnio, motivo pelo qual leva muitos aos desiquilíbrios psicológicos , emocionais e, inclusive, à depressão. Ou seja, a culpa muitas vezes não é do Estado, isto é, somente pela falta de uma boa infraestrutura e de benefícios que os atendam, mas sim, de amor, afeto e de serem aceitos como parte integrante da sociedade pela população.   Fica claro, portanto, a necessidade de uma premente atuação da lei, bem como de mudanças do pensamente social, a fim de garantir uma vida digna e saudável à população idosa. É preciso que o Governo atue, em parceria com os estados e municípios, criando estratégias nos setores de saúde transporte público e cultural, capaz de atender as carências que tal idade demanda, no intuito de beneficiar esses cidadãos brasileiros. Em adição, é indubitável a importância que a sociedade e, sobretudo, a família exerce sobre tal problemática, dando a estes o devido respeito e atenção dentro dos lares, principalmente. A escola também pode abordar em sala a temática entre os jovens, em prol de mudar ideologias que ferem a dignidade do público idoso, as quais ''nascem '', muitas vezes, com a família. Afinal, como pontuou Platão, o importante é que todos vivam bem.