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Enviada em: 14/07/2017

Com o crescente avanço da medicina a expectativa de vida do povo brasileiro aumentou, mas a qualidade desses anos não melhorou. O que corrobora tal afirmação são as dificuldades que o público idoso enfrenta para uma efetiva integração na sociedade, sejam elas de atendimentos específicos ou de respeito por parte dos mais jovens.      Embora o estatuto do Idoso (2003) há tempo luta para melhorar a qualidade de vida da terceira idade, o Brasil não é considerado um bom lugar para se viver a velhice. De forma paradoxal, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população idosa será de 40 milhões até 2050, no entanto faltam investimentos de infraestrutura em diversos estabelecimentos, como rampas e elevadores, o que dificulta o acesso a esses locais, e medicamentos mais indispensáveis nos postos de saúde, como os de diabetes e hipertensão. Ademais, falta um transporte público com leis mais rígidas, as quais possam exigir de seus passageiros o respeito aos lugares reservados aos idosos, que são obrigados, não raro, a ficarem de pé durante todo o percurso.     Outrossim, é válido salientar que a sociedade concebe a terceira idade como em peso em todos os aspectos. Erroneamente criou-se um estereótipo próprio à velhice. Os mais jovens acreditam que os idosos não devem ter direito no mercado de trabalho, lazer e cultura. Essa triste realidade que o Brasil vivencia é fruto de um processo histórico, sendo herdado culturalmente pela sociedade e, inclusive, no campo das políticas públicas (os poucos investimentos são amostras claras disso). Consequentemente, cada vez mais, aumenta a liberdade para que os idosos sejam alvos de chacota e escárnio, comprometendo, sobretudo, a saúde emocional e psicológica desses indivíduos.   Dessa forma, para garantir mais qualidade de vida aos idosos são necessárias políticas públicas voltadas para as supracitadas problemáticas, bem como mudanças na mentalidade social. Para tanto, é preciso ações conjuntas entre o governo e o Ministério da Saúde, do Transporte, e da Cultura, em prol da criação de estratégias nessas respectivas áreas, de forma a beneficiar os idosos. Em adição, é necessário que os indivíduos venere-os e os aceitem com parte integrante da sociedade. Por fim, a escola deve abrir espaço para que, desde de cedo, os alunos possam debater sobre o tema, no intuito de acabar com o desrespeito praticados contra os idosos. Quem sabe, assim, a chamada terceira idade possa ser mais valorizada e bem vivida.