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Enviada em: 31/10/2017

Pesquisas revelam que a expectativa de vida brasileira aumentou três anos nas últimas décadas. Esse aumento, por sua vez, é reflexo de bons resultados alcançados com as políticas de saúde e educação concedida à sociedade. Entretanto, embora exista o Estatuto do Idoso que garante, teoricamente, condições dignas de vida para esses cidadãos, os idosos têm enfrentado dificuldades para o acesso a serviços básicos, como em transportes e a questão da renda financeira, comprometendo, assim, a qualidade de vida da população de terceira idade do país. Desse modo, rever as finanças destinadas aos idosos é essencial para conceder uma saúde de qualidade para essa população. É indubitável que a longevidade é um indicativo de melhoria no Índice de Desenvolvimento Humano, no entanto, acarreta em dificuldades no cenário socioeconômico. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 12% da população brasileira apresenta uma idade superior a 60 anos. Em função disso, cabe ressaltar que a tendência é o aumento percentual dessas informações, sendo necessário, dessa forma, maiores investimentos por parte do setor previdenciário, o qual poderá enfrentar dificuldades econômicas. Por conseguinte, além do déficit nesse setor ser decorrente da discrepância entre a maior quantidade de aposentados e a menor da População Economicamente Ativa (PEA), há uma ineficácia na fiscalização nesse âmbito, uma vez que as verbas destinadas a esse setor não são investidas por completo. Outrossim, o Brasil não concede um ambiente propício para o envelhecimento, dado que os cidadãos de terceira idade sofrem com problemas decorrentes das obrigações do Estado, como em relação aos transportes públicos, por exemplo, em que os idosos enfretam dificuldades de locomoção pelas cidades, visto que não há, muitas vezes, políticas e acessórios especiais que visem a atendê-los adequadamente. Ademais, os idosos defrontam o problema do abandono aliado a doenças, os impedindo de usufruírem de uma vida saudável, enfatizando que, ter uma boa renda nesta idade é fundamental, visto que os preços dos planos de saúde para os idosos são elevados quando comparados aos mais jovens. Isso evidencia o quanto a sociedade é individualista, fazendo com que os idosos tenham cada vez menos autonomia no país. Infere-se, portanto, que os idosos necessitam de uma atenção especial para que sejam capazes de terem condições dignas de vida. Assim sendo, é basilar que o Poder Legislativo realize fiscalizações mais eficazes, garantindo que as verbas destinadas ao amparo aos idosos sejam investidas por completo. Somando-se a isso, a Receita Federal deveria destinar uma maior parcela dos impostos arrecadados para o investimento em melhorias na infraestrutura pública, concedendo um ambiente propício para o envelhecimento, aperfeiçoando os meios de locomoção tanto nos transportes quanto nas ruas. Por fim, mensagens de conscientização também deverão ser transmitidas pelos meios de comunicação governamentais, como o programa de rádio “Hora do Brasil” e cartilhas educativas a serem distribuídas pela população, transferindo, assim, a importância do amparo aos idosos, pois, além da necessidade financeira, a qualidade de vida é determinada, também, pelo ambiente social em que vivem.