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Enviada em: 18/08/2017

No limiar do século XXI, um dos desafios enfrentados na atualidade é o envelhecimento demográfico. O impacto desta nova "ordem demográfica" é imenso, devido a falta de políticas públicas e condições sócio-econômicas para auxiliar e manter os idosos com qualidade de vida estável. Consequentemente, grande parte das pessoas que já passaram dos 60 anos sofre com atos de desrespeito, violência psicológica e descaso.         É elementar que se leve em consideração, que devido a taxa de mortalidade e natalidade ter reduzido, consequentemente a velocidade do envelhecimento superou a implementação de ações para oferecer melhores condições de vida à terceira idade. Atualmente, os idosos vivem o drama para conseguir o direito de aposentar antes dos 65 anos de idade, pois está em discussão a aprovação da PEC 287, conhecida como Reforma da Previdência, que restringe esses direitos aos idosos, na qual assemelha-se a lei do sexagenário promulgada em 1885, que garantia a liberdade dos escravos a partir de 65 anos, e ficou conhecida como a lei da gargalhada nacional, pois eram poucos que conseguiam atingir tal idade. Esta lei reflete nos dias atuais, devido as condições precárias de saúde que o governo oferece aos idosos, impossibilitando a chegada da terceira idade para conseguir o direito à aposentadoria. Logo, a precária representação  institucional é o principal problema que afeta esses grupos minoritários que atinge cerca de 12,6% da população, segundo o IBGE.         Em detrimento dessa questão, muitas pessoas passaram a olhar para o idoso como um incômodo, acabando por abandoná-lo e, até mesmo, por maltratá-lo. O abandono do idoso, geralmente, provem por parte de uma sociedade consumista e imediatista , em que as pessoas não querem perder tempo dando atenção para os idosos. Os maus tratos contra os anciões têm sido apontado como forma de violência oculta, pois as vítimas tem medo de denunciar e perder o afeto que ainda resta pela família. Além disso, muitos desconhecem seus direitos assegurados pelo Estatuto do Idoso, que garante direito à vida, à convivência familiar, à saúde, à cultura ao esporte e muitas outras atividades.          Diante dessa problemática, é necessário empregar esforços para que se chegue a velhice com dignidade. Dessa forma, faz-se necessário que o Governo, crie formas mais eficazes de denúncias, aumentando o número de delegacias e ouvidorias. Além disso, é necessário que o poder Legislativo proporcione mudanças nas leis,como a PEC 287, e faça um planejamento  para administrar os aspectos sociais e econômicos voltados para esse público, e a mídia  promova campanhas de conscientização e divulgação dos direitos dos idoso, com o objetivo de garantir representatividade, de modo que assim consiga dar voz as necessidades dos idosos.