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Enviada em: 09/10/2017

De acordo com Samuel Pessoa, economista e pesquisador da fundação Getúlio Vargas, hoje, no Brasil, sobre a questão da população idosa, enfrentasse problemas típicos de países ricos e de países pobres. A diminuição da força de trabalho jovem necessária para custear a aposentadoria de um contingente de idosos crescente, problema típico de país rico, somada com a dificuldade institucional de garantia dos direitos do idoso estabelecidos no seu Estatuto, problema típico de pais subdesenvolvido, torna o Brasil uma nação atípica. A consequência é uma considerável quantia de crimes cometidos anualmente contra tal população, e em um país que envelhece diariamente, é urgente tornar a sociedade brasileira confortável e segura ao idoso.   A inversão da pirâmide etária brasileira demonstra que o país envelhece a cada dia e é necessário aprimorar o modelo de previdência existente. O modelo de aposentadoria atual, é uma herança da Era Vargas, momento da história em que eram baixas a expectativa de vida e a quantidade de idosos. Entretanto, hoje, inúmeros idosos financeiramente vulneráveis acabam tendo suas aposentadorias parceladas, ou até não pagas, pela falta de verba Federal devido à fatores como o alto custo no pagamento da aposentadoria de alguns cargos de servidores públicos como Juízes ou magistrados, fazendo com que o próprio Estado se torne uma figura violadora dos direitos do grupo idoso pobre. Conclui-se que tal sistema deve ser aprimorado na tentativa de garantir à população idosa financeiramente frágil  a devida aposentadoria que lhes é de direito.   Além disso, problemas comuns em países subdesenvolvidos como a violência contra a população idosa  também afetam o país, apesar da existência de um Estatuto que tente evitar tais ocorrências. De acordo com dados da Universidade Federal Fluminense, 54% dos crimes cometidos contra o idoso são maus tratos físicos ou psíquicos, demonstrando que tal Estatuto não possui a força institucional necessária para impedir que tais crimes ocorram, que, quando somado com problemas como a falta de punição penal aos agressores e de asilos acessíveis à população idosa pobre, que os distanciem e protejam dos criminosos, realizam a manutenção da problemática na nação.   Em suma, tornasse evidente que a questão necessita de soluções. O Legislativo deve, por meio de uma lei, intensificar a punição ao criminoso com mais longos aprisionamentos e indenizações às vítimas. Além disso, o Estado deve subsidiar asilos privados conceituados para que, idosos sem renda, vítimas de violências, possam ser devidamente protegidos e respeitados, e, por fim, a diminuição do valor  de aposentadoria próxima do teto do INSS existente em cargos socialmente bem hierarquizados e o pagamento de aposentadorias atrasadas com tais valores. Assim, o Brasil melhorará na questão.