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Enviada em: 19/10/2017

Meryl Streep foi nominada a mais de 10 Óscars depois de seus 60 anos, fato que provou que ela está no auge de sua influência social e de sua carreira. Contudo, os idosos brasileiros não possuem as mesmas oportunidades de Meryl Streep, dada a sua desvalorização no âmbito socioeconômico, diante da exclusão social e do desemprego. Então, é perceptível a necessidade de intervenção na economia e na cultura, a fim de garantir os direitos da faixa etária que tende, cada vez mais, a prevalecer no país.       Em primeira análise, é perceptível que os idosos no Brasil sofrem com a segregação etária, pois são frequentemente relacionados com a ideia de inutilidade e retrocesso. Outrossim, é nesse contexto que se encaixam os frequentes assaltos, golpes e, inclusive, abandonos em asilos, porque, infelizmente, a ideologia de respeito àqueles que criaram o mundo em que se vive hoje ainda é escassa. Além disso, esse fenômeno pode ser relacionado com a Modernidade Líquida, tese do sociólogo Bauman, que afirma a fluidez e a efemeridade não só de bens, mas também de pessoas, ou seja, o desrespeito à terceira idade é o descarte daquilo que não serve mais. Dessa forma, é fundamental que haja uma metamorfose cultural, para que se reinstaure o respeito entre gerações.          Ademais, a desigualdade econômica é pertinente quando se trata de diferentes camadas etária, já que o desemprego e a desvalorização salarial são significativos no país. Isso porque, durante Revolução Industrial, no século XVIII, o operário ideal era aquele que produzia em massa com vitalidade. No entanto, o preconceito etário não pode ser fundamentado por esse quesito, porque é visível que os idosos possuem experiência no mercado de trabalho e sabem como conquistar o interesse de sua própria faixa etária, circunstâncias que podem trazer tanta utilidade quanto o vigor juvenil. Logo, faz-se primordial que ações estatais proporcionem oportunidades de idosos entrarem no mercado de trabalho, como forma de proporcionar a igualdade econômica a terceira idade.                   Portanto, é indubitável que a desigualdade de direitos sociais e econômicos é uma mazela a ser combatida, em prol da igualdade entre indivíduos. Para que a superação seja possível, os grandes canais de TV devem instigar a valorização dos idosos como socialmente ativos, por intermédio da inclusão de personagens idosos nas novelas, com o intuito de evitar que seja relacionada a esses a ideia de empecilho para o progresso. Além disso, é incumbência das ONGs facilitar a socialização entre gerações, a partir da promoção de eventos recreativos de valorização aos idosos, com o fito de atenuar a exclusão e o abandono de longevos por parte de sua família. Por último, é de responsabilidade do Ministério do Trabalho favorecer a entrada de idosos no mercado de trabalho, por meio da instauração de cotas para idosos nas empresas, a fim de evitar o desemprego nessa faixa etária.