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Enviada em: 21/10/2017

Se na época dos literatos da geração ultrarromântica ou do mal do século, a idade jovem já marcava símbolo de despedida, hoje, o caráter mostra-se refratário. Todavia, percebe-se, atualmente, uma grande dificuldade de se assegurar os direitos dessa significativa parcela da população, tornando imprescindível a tomada de medidas que resolvam a questão.       É indubitável que, na sociedade pós-moderna do sociólogo Stuart-Hall, o aumento da expectativa de vida é uma realidade. De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE, o número de idosos já atingi a marca dos 26 milhões. Contudo, paulatinamente a isso, percebe-se um aumento significativo no índice de violência contra o idoso, que não se manifesta apenas pelas ofensas, ameaças e afrontas verbais- que representam 60% dos casos- mas também por intervenções físicas- que chegam a mais de 25% desse índice.        Outrossim, é incontrovertível que a problemática está longe de ser resolvida. Se de um lado torna-se notório o aumento natural da expectativa de vida, propiciado pelo avanço tecnológico e pelas melhoras significativas no IDH; por outras lentes denota-se uma redução forçada do número de idosos. Isso ocorre, primordialmente, devido à falta de defensores públicos e ao reduzido número de denúncias sobre a violência contra idosos. Dessa forma, é indispensável o combate, por parte da população, dessa derrota- que conforme o filósofo Jean Paul-Sartre é o que a violência é independente de como se manifeste.       Destarte, é evidente que medidas são necessárias para mitigar o impasse. Primeiramente, o Governo Federal, em consonância com as delegacias estaduais, deve não só aumentar o número de defensores públicos, mas também deve criar novos ramais de telefonia e vias online pelos quais a população possa denunciar a violência contra o idoso. Ademais, é indispensável que as ONGS e os meios midiáticos estimulem a população, por meio de cartazes, novelas e programas de rádio, a denunciar esse tipo de violência. Quem sabe, dessa forma, as cláusulas pétreas da Constituição se tornem de fato uma realidade.