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Enviada em: 25/10/2017

“A morte não está mais perto do idoso do que do recém-nascido“. A constatação de Khalil adverte a sociedade contemporânea. Entretanto, esse alerta continua subentendido, é construído, ao contrario, um estigma de excessiva fragilidade ao idoso. Além disso, o aumento do abandono familiar, ou mesmo das agressões físicas e psicológicas preocupa o país. Portanto, é preciso questionar até que ponto o Brasil está preparado para garantir os direitos da terceira idade.     Em primeiro lugar, é fundamental ressaltar que a manutenção da visão de improdutividade do idoso é preconceituosa e extremamente antiquada. Como fica claro no caso do professor Carlos Eduardo Uchôa, por exemplo, que lecionou por 41 anos na Universidade Federal Fluminense e continua dando aulas aos 75 anos, ofício que iniciou aos 18 e pelo qual se diz apaixonado. Esse e tantos outros casos comprovam o potencial dos idosos no mercado, mas, apesar disso, exato continua sendo desvalorizado.           Ademais, o abandono e as agressões praticas contra os idosos similarmente se destacam como uma consequência de uma sociedade imediatista. A qual já não valoriza as concepções familiares que foram tão estimadas anteriormente. Há quem diga, no entanto, que os mais velhos são negligenciados pela própria estrutura do país, pois ela não está preparada para acompanhar o grande aumento de pessoas idosas nos últimos anos. Esses, apesar de certos, devem considerar a soma de exatos dois fatores para fundamentar melhor o caótico cenário atual.     Por conseguinte, para que o alerta de Khalil seja devidamente entendido e os indivíduos passem a tratar o idoso com o respeito que lhe é devido, cabe a Mídia trabalhar o fim da imagem estereotipada da terceira idade. Através de novelas que retratem sua sagacidade e debatam o assunto. Quanto ao Ministério do Direitos Humanos fica a missão de pressionar o poder Legislativo para que os casos de maus tratos e agressões passem a ser punidos com mais rigor, visando o cumprimento do Estatuto do Idoso. Porque velho mesmo é o seu preconceito.