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Enviada em: 20/10/2017

Nas sociedades primitivas, os mais velhos eram líderes, com participação ativa em suas comunidades, e venerados pelos jovens. A partir da Revolução Industrial, iniciou-se uma processo de inversão de papeis, com a exaltação do potencial da juventude em detrimento da velhice, marcada pela decadência. Atualmente, há um esforço mundial  no resgate do importante papel do terceira idade para a sociedade. Nesse contexto, o Brasil enfrenta sérios problemas para garantir os direitos dos idosos. Tanto pelo preconceito e rejeição social que eles sofrem, quanto pelos constantes casos de abandono e violência doméstica.       Em primeiro lugar, é importante destacar que o envelhecimento é um processo natural e crescente no mundo. O Brasil, segundo o G1, já conta com cerca de 26 milhões de pessoas com mais de 60 anos. O desenvolvimento de novas tecnologias e  os avanços da medicina aumentaram a expectativa de vida. Entretanto, o progresso científico não foi acompanhado por uma evolução social em relação a terceira idade. Além das limitações físicas impostas pelo envelhecimento, esses indivíduos sofrem com a dificuldade de aceitar sua própria condição e a rejeição de uma sociedade onde se prega a busca pela eterna juventude. Ser idoso se tornou sinônimo de ultrapassado.       Vale ressaltar, ainda, que, embora o Estatuto do Idoso determine que nenhum idoso poderá ser objeto de negligência, discriminação ou violência, vê-se, constantemente, o desrespeito  a esses direitos. Além do preconceito , muitos  são vítimas de atitudes  desumanas: o abandono da família e os maus-tratos sofridos dentro do próprio lar. De acordo com o IBGE, as queixas de maus-tratos, físicos e psíquicos, representam quase 60% dos crimes apurados contra idosos, sendo que metade deles são cometidos pelos próprios filhos. Infelizmente, o tabu da violência doméstica mascara a situação e poucos agressores são denunciados. O que revela uma realidade ainda mais sombria para esse público.       Assim, para garantir os direitos da terceira idade é imprescindível combater a violência e o preconceito social. Portanto, cabe ao poder executivo criar canais de denúncia, com o fito de encorajar a população a participar da defesa dos idosos. As prefeituras devem, por meio das Secretárias de Assistência Social, mapear os idosos de seus territórios,  a fim de identificar situações de risco, prestar informações, apoio psicológico e denunciar maus-tratos. Os meios midiáticos precisam promover amplo debate sobre a importância dos idosos para construção da sociedade, com o intuito de combater o preconceito e gerar uma cultura de inclusão social para todas as idades.