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Enviada em: 27/10/2017

Planejando o futuro.      Diante dos avanços na área médica e farmacêutica, observa-se que a expectativa de vida, no Brasil, cresce a ritmo acelerado. Porém, esse crescimento não confira na realidade brasileira uma melhoria na qualidade de vida, principalmente no que diz respeito à população mais idosa do país. Mesmo que o Estatuto do Idoso, que trata dos direitos do idoso, aprovado em outubro de 2003, assegure legalmente á pessoa idosa o envelhecimento digno, é possível observar que ele não é suficiente para garantir  a real proteção aos idosos. Logo, fazem-se necessárias medidas que, aliadas ao estatuto, a fiscalização e ao envolvimento de toda a sociedade brasileira, permitam o reconhecimento daquele que contribuiu com o desenvolvimento do Brasil.     Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de brasileiros com mais de 60 anos deve dobrar nas próximas décadas. Dessa forma, todos os direitos assegurados pelo Estatuto do Idoso, como a garantia de acesso à rede de serviços de saúde e a proteção à vida, serão cada vez mais necessários no país. Porém, apesar de existir o estatuto, o problema na melhor garantia de direitos aos idosos não é resolvido. A título de exemplo, hospitais sem setores de atendimento prioritário e o desrespeito aos assentos reservados ao idoso são situações observáveis no cotidiano e demonstram como as normas não são respeitadas. Além disso, o desconhecimento sobre o estatuto, por parte do idoso e família, pode contribuir com a não identificação da violação de direitos. Consequentemente, é necessário medidas que envolvam a fiscalização no cumprimento dessa lei e que, também, possibilitem o melhor conhecimento sobre a sua existência, aplicabilidade e consequências para aqueles que não a cumprem.      Ademais, não é apenas o governo que falha. Dentro da estrutura familiar, o idoso também sofre, muitas vezes, com maus tratos, negligência e abandono. Para ilustrar, o Disque 100, serviço do governo federal, registrou, aproximadamente, 62 mil denúncias de violência contra o idoso em 2015. Isso demonstra que a sociedade brasileira também deve ser um dos pilares para assegurar o envelhecimento com qualidade e planejar o futuro.     Conclui-se, então, que medidas são necessárias para melhorar a qualidade de vida da pessoa idosa no Brasil, garantindo o reconhecimento social. Dentre elas, o governo federal deve promover a fiscalização, por meio do disque denúncia, utilizando a mídia como aliada na divulgação do Estatuto e importância ao denunciar casos de violência e maus tratos, permitindo, também, que a sociedade seja informada, educada e fique ciente de sua participação na melhoria dos direitos aos idosos.