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Enviada em: 05/05/2018

Em 1500 os portugueses chegaram à terra desconhecida nomeada como Brasil, impondo seus costumes e crenças em detrimento da cultura do povo indígena e dos escravos africanos trazidos devido à sua mão de obra, proibindo-os de suas práticas religiosas. Apenas no século XX os rituais africanos deixaram de ser perseguidos e os negros foram livres para vestirem e praticarem aquilo que creem. No entanto, hodiernamente, a sociedade tem se apropriado de vestimentas e acessórios que antes eram exclusivamente do povo afrodescendente, sem conhecer suas origens.       Em primeira instância, é válido ressaltar que as empresas produtoras de objetos e roupas diretamente associadas à cultura africana não têm preocupação em propagar a verdadeira origem dos produtos. Nesse sentido, os comerciais repassam para o público uma ressignificação do produto, tornando-o apenas mais um acessório a ser comercializado. Por conseguinte, o desconhecimento é perpetuado na sociedade.        Outrossim, uma parcela da sociedade que usufrui de tais objetos não tem interesse de explorar suas histórias. Contrariando o pensamento do filósofo grego Aristóteles, o qual declara que “o conhecimento é o ato de entender a vida”, a população permanece estagnada na desinformação, não compreendendo a originalidade do acessório comprado, devido à falta de incentivo e a pouca disseminação do conhecimento afrodescendente.       Fica claro, portanto, que medidas eficazes devem ser tomadas para a mitigação dessa problemática. Destarte, cabe ao Ministério da Educação, juntamente  com o Ministério dos direitos humanos, propagar o conhecimento sobre os adornos do povo africano, através da imposição de comerciais voltados para a divulgação da cultura de origem do objeto ou roupa comercializada, além de propor campanhas educativas em escolas sobre a história da população afro-brasileira, a fim de atingir todas as faixas etárias em relação às origens desses produtos frequentemente utilizados na atualidade. Assim, poder-se-á ter uma sociedade devidamente informada sobre a originalidade dos objetos da cultura afrodescendente.