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Enviada em: 07/05/2018

A cultura brasileira é uma amálgama,um conjunto de outras culturas assimiladas à realidade do Brasil.Todavia,muitas vezes no atual contexto capitalista vigente,essa aquisição é feita de forma indiscriminada,fazendo com que elementos de uma cultura minoritária sejam apropriados por uma cultura dominante.Dessa forma,existe uma padronização estética influenciada,sobretudo,pela mídia,ocasionando a perda da simbologia desses fundamentos na sociedade,caracterizando a banalização.                                                                                                                                                         A princípio,é preciso analisar o papel da mídia como intensificadora da apropriação cultural no país.Nesse contexto,observamos o uso das propagandas que tem a finalidade de fazer uma analogia as incorporações dos elementos de outras culturas,acaba por instigar o público-alvo a adquirir o que é divulgado,de maneira a se encaixar nos padrões da sociedade capitalista,como o caso de 2011,da revista Vogue,que retratou em um ensaio três modelos brancas utilizando turbantes.Diante disso,evidenciamos que o acessório advindo da cultura africana teve seu sentido esvaziado de modo que o símbolo da resistência negra tornou-se apenas mais um produto comercial.Logo,a formação de uma cultura efêmera na atualidade,característica da sociedade de massa,a qual a homogenização cultural atende aos interesses econômicos.                                                                                                          Paralelamente,faz-se necessário atentar o comportamento dos indivíduos diante da apropriação cultural.Segundo a indústria cultural de Adorno e Horkheimer,afirmam que o sistema capitalista copia o que é produzido sem dar importância ao significado que tal elemento tem na sociedade.O apoderamento cultural parte disso: minorias étnicas,principalmente,veem seus fundamentos sendo banalizados através do ''modismo'',o turbante é um exemplo bem perceptível.Outrora,existiam certos preconceitos em relação ás pessoas que usam turbantes ou outros acessórios,sobretudo,de culturas africanas,isso porque,de acordo com uma visão eurocêntrica,tudo o que fosse indiferente a cultura do branco era visto como inferior,era menosprezado.Portanto,a situação atual é bem diferente:mulheres e homens passaram a aderir essas práticas,devido a influência midiática,porém a que antes era visto como símbolo de poder e fé,passou a ser considerado mais um ''treand alert'' nos editoriais de moda.              Diante desse quadro,é inegável a necessidade de maior desempenho do governo  no combate a apropriação cultural.A fim de atenuar o problema,o Ministério da Cultura deve promover políticas públicas que invistam em ONGs afro-brasileiras que por meio de palestras administradas por sociólogos,professores e diretrizes de movimentos sociais,que tenham o intuito de conscientizar e valorizar a negritude e seus costumes para que,finalmente,o conhecimento do significado de apropriação cultural  seja devidamente esclarecidos entre os indivíduos.