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Enviada em: 19/05/2018

A partir do século XVI, as fronteiras regionais começaram a perder seus contornos com o início do processo de expansão marítima. Nesse sentido, o choque entre culturas promoveu o hibridismo, à medida que indivíduos de etnias distintas estabeleceram contatos diretos entre si. Com isso, é fundamental analisar as discussões na atualidade, marcada pela intensificação dessas trocas e pela consequente apropriação, além da problemática envolvida nesse tema. A fim de, assim, alcançar um consenso mediante soluções.    É importante analisar, em primeiro lugar, a aculturação promovida pela globalização do século XXI. De acordo com a visão de certos historiadores, o processo de interconexão entre as diversas culturas do mundo teve início no século XVI, intensificando-se na idade contemporânea. Tal processo reduziu os limites que definiam as diferenças entre grupos, impedindo a distinção direta entre as etnias. Diante disso, a ideia do "purismo cultural" perdeu seu sentido, na medida em que as trocas ocorrem em escala global. Dessa forma, iniciando um processo em que grupos distintos se apropriam cada vez mais dos pertences culturais de outros.    Cabe observar, nesse contexto, que essa apropriação cultural nem sempre pode ser vista como algo positivo. Segundo determinadas análises sociológicas produzidas por Zygmunt Baumam, a humanidade vivencia, no contexto atual, um extremo individualismo, o qual passa a ditar as regras da organização social. À vista disso, o ser humano preocupa-se, muitas vezes, unicamente com suas próprias intenções e princípios.  Nesse sentido, a percepção apurada das condições culturais e históricas do próximo e do grupo ao qual este faz parte é lentamente perdida, o que torna a adoção desmedida de símbolos frequente. Banalizando, por conseguinte, emblemas de afirmação étnica de certas minorias.    Fica evidente, portanto, que a apropriação cultural é parte inerente aos processos da contemporaneidade. Logo, medidas que sejam capazes de equilibrar esse fenômeno são importantes. Diante disso, as escolas podem contribuir para tanto incluindo na grade curricular de conteúdos temas relacionados às diversas culturas e seus significados, através de matérias como sociologia, história e filosofia. Ademais, a família, em parceria com as instituições de ensino, pode trabalhar em favor do desenvolvimento do senso de coletividade dos futuros adultos. Afim de que, com isso, essas duas bases formadoras da sociedade exerçam seus papéis de formadoras de opiniões conscientes, influenciando os indivíduos a portarem uma postura mais aberta em relação ao próximo e a luta a qual este se dedica.