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Enviada em: 24/05/2018

O termo “apropriação cultural” se refere à adoção de hábitos, objetos ou aspectos de uma cultura diferente da própria. O problema começa a existir quando um indivíduo de uma cultura dominante se apropria de algo de uma cultura que fora oprimida e ainda ouve os ecos da discriminação até os dias de hoje. Essa luta ainda não cessou e parece estar longe de acabar.        O uso de elementos como turbantes e tranças tem uma importância maior do que apenas a estética. Isso significa a aceitação das origens, da história, da luta e da resistência de um povo ao qual a pessoa pertence. Quando não se tem a informação sobre tudo com o que uma vestimenta está relacionada e essa peça de roupa é utilizada, a apropriação acontece.       O turbante, por exemplo, está ligado à religião do Candomblé, criada por africanos que vieram da África para o Brasil na época da escravidão. Durante muito tempo, negros que faziam parte da religião e usavam o turbante eram como "fantasmas", se escondendo a fim de se proteger do preconceito e do racismo mas ainda assim sendo perseguidos pela polícia.       O lucro é um dos pontos pelo qual essa apropriação acontece. O capital adquirido a partir da venda de produtos que possuem uma história para um grupo que não vivenciou ou fez parte da classe dominada é mais importante do que a conscientização em si para o capitalismo. É evidente que uma segregação entre culturas pode levar à uma distância ainda maior entre os povos, mas até que essa discriminação seja exterminada do mundo, essa questão ética continuará a existir.       A resistência nunca deixou de viver e se juntar à causa requer mais do que apenas um "achar bonito". A solução para este problema pode ser encontrada na conscientização e na absorção da história. Saber pelo que um povo dominado passou e ainda passa pode levar à empatia e finalmente cessar a onda de preconceito que existe no mundo.