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Enviada em: 25/05/2018

Por definição, a apropriação cultural é a inclusão de costumes e elementos de outros grupos étnicos e culturais. A integração entre diferentes povos através dos anos possibilita maior contato e hegemonia entre tais. Assim, desde o início da globalização e da crescente hegemonia política, econômica, social e, principalmente, cultural, o mundo se torna um ugar no qual a apropriação cultural seja inevitavelmente um assunto em pauta para discussões no cotidiano.    Ter um estilo de penteado, usar determinada marca de roupa ou seguir alguma religião são apenas alguns exemplos do que é chamado de aculturação. A questão que leva o assunto para discussões é, no entanto, a valorização de elementos estéticos sem a consciência do significado ou da história deles. Por conseguinte, quando determinada cultura tem o intuito de passar uma mensagem por trás da estética de seus apetrechos ou acessórios, a apropriação de tais por membros de outras classes ou nações pode ser mal interpretada.       Cada vez mais é notável a grande repercussão de casos de apropriação cultural, seja ela relacionada ao racismo e à intolerância ou não. De modo geral, preconceito é um crime regido por lei, assim como a liberdade de expressão é um direito inerente ao ser humano. Condenar, privar ou humilhar alguém por conta do que veste ou acredita e ao mesmo tempo idolatrar outros que o mesmo fazem não é só um crime, como também é hipocrisia, e então cabe ao Governo e à sociedade ensinar uma nova visão da realidade e a verdadeira face de suas ações.       O primeiro passo para mudar a visão negativa do mundo hegemônico em sua maioria é entender sobre o assunto. Antes de adotar um hábito diferente ou usar um acessório bonito, vale conhecer sua história e o valor cultural que ele tem. Carregar uma mensagem sabendo seu significado traz à realidade uma visão diferente sobre a causa pela qual se luta ou relembra. Para o filósofo grego Pitágoras, educando as crianças não se faz necessário educar os adultos, isto é, cuidando e passando os ensinamentos para a nova geração previne que o quadro atual se mantenha no futuro. Afinal, "Os homens são miseráveis, porque não sabem ver nem entender os bens que estão ao seu alcance.".