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Enviada em: 29/05/2018

A apropriação cultural promove debates na contemporaneidade, pois reforça as relações de dominação. Dessa forma, a problemática é mais presente nas expressões culturais como música, arte e moda, porque ao grupo dominante apropriar-se de uma manifestação minoritária apaga-se a existência e a vivência das minorias. Apesar desses embates à sociedade ainda não percebe os efeitos negativos desse apoderamento cultural.       A desvalorização das culturas minoritárias é a principal responsável da apropriação cultural, porque quando as elites adotam itens da cultura minoritária perde-se o significado, o histórico de resistência e de liberdade. Por exemplo, no mundo artístico alguns indivíduos utilizam de estilos mistos, no intuito de obter lucro, abranger maior público, como a cantora Anitta ao usar “dreadlocks “, bem como a Daniela Mercury ao usar peruca “black power” e se auto intitular “preta da pele branca”.     Simultaneamente a esse raciocínio, parafraseia-se Adorno e Horkheimer, pensadores alemães, ao citar que a indústria cultural promoveu a manipulação e a alienação ao favorecer o lucro. Isso porque difunde-se no carnaval a roupa de índio como fantasia e o Tom Jobim como representante do samba e não o Cartola. Logo, ao indivíduo não ter conhecimento ou autocrítica sobre o tema esse apossamento ocorrerá constantemente. Entretanto, as consequências ainda serão o favorecimento a marginalização e a opressão dos grupos minoritários.       Assim, é necessário investimento na educação a fim de explicitar o que é cultura por meio de aulas na área de humanas, exposições que valorizem a simbologia de objetos culturais e para afirmar a existência do sujeito. Além disso, a indústria cultural, principalmente televisiva, deve investir no significado dos acessórios, por exemplo nos desfiles de modas utilizar artigos indígenas em verdadeiros grupos indígenas, divulgar o histórico de resistência do turbante e reafirmar a beleza de cada etnia. Por fim, os grupos minoritários é que devem ser apresentados com seus respectivos elementos e não os dominantes.