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Enviada em: 07/06/2018

O termo apropriação cultural tem como princípio a desvalorização de uma minoria e o apoderamento de sua cultura por uma maioria hierarquicamente superior. Isso, na sociedade brasileira, é um problema muito presente e deve ser enfrentado, uma vez que, diariamente, negros são vitimas dessa prática. Neste sentido, três aspectos tornam-se passíveis de discussão: o legado histórico-cultural do racismo no Brasil, o desrespeito às leis e a apropriação cultural dos povos caucasianos sobre os afrodescendentes.       Segundo a história, o negro foi visto como inferior e submisso ao branco. Comprova-se isso pelo fato de eles poderem exercer direitos, ingressarem no mercado de trabalho e em universidades muito tempo depois dos europeus e seus descendentes. Esse cenário, consoante aos inúmeros casos de violência contra os afrodescendentes, corroboram a ideia de que eles são vítimas de um legado histórico-cultural. Nesse ínterim, a cultura racista prevaleceu ao longo dos anos a ponto de enraizar-se na sociedade contemporânea, mesmo que de forma implícita, à primeira vista.      Conforme previsto pela Constituição Brasileira de 1988, todos são iguais perante à lei, independente de cor, raça ou gênero, sendo a isonomia salarial, aquela que prevê mesmo salário para os que desempenham mesma função, também garantida por lei. No entanto, o que observa-se em diversas partes do país, é a gritante diferença entre os salários de brancos e negros, principalmente se estes forem mulheres. Esse fato causa extrema decepção e constrangimento a eles, os quais sentem-se inseguros e sem ter a quem recorrer. Desse modo, medidas fazem-se necessárias para solucionar a problemática.       Nessa conjuntura, a apropriação cultural objetifica o afrodescendente, apoderando-se de sua cultura e ignorando a necessidade histórica que esse povo tem de ser representado. Um exemplo disso, foi a empresa Farm que ao publicar modelos usando turbante, um símbolo dos costumes africanos, utilizou apenas indivíduos alabastrinos. Por conseguinte, essa opressão cultural, desvalorizou o negro como pessoa e valorizou apenas seus costumes proporcionando uma majoração do racismo.      Diante dos argumentos supracitados, é dever do Governo do Estado proteger os negros da violência, tanto física quanto moral, criando delegacias especializadas, além do Legislativo Federal impor leis mais rígidas e punições mais severas para aqueles que não as cumprem. Some-se a isso investimentos educacionais, por meio do Ministério da Educação, valorizando e capacitando os professores e os materiais didáticos, no intuito de incluir o ensino de direitos humanos no ensino básico para que a sociedade não reproduza a apropriação cultural.