Enviada em: 21/06/2018

A apropriação cultural se baseia na utilização de elementos culturais que não condizem com a realidade daqueles que a "usurpam". Tal pauta veio á discussão após um grupo de mulheres negras indagarem o uso de um turbante por uma mulher branca, alegando ser uma atitude incoerente  e desrespeitosa com a cultura afrodescendente. Nesse cenário, dois grupos se formaram: de um lado, os que defendem a diversidade cultural brasileira e do outro, um grupo que deseja resguardar sua cultura. Descoberto por portugueses, povoado por africanos e mais tarde por holandeses, japoneses e alemães, o Brasil vivenciou uma verdadeira miscigenação ao longo da tempo, e é neste fato histórico que várias pessoas defendem que em um país como o Brasil não se pode falar em apropriação cultural. Ademais, a identidade nacional que se tem ao longo território, que, apesar de vasto e de forte influência regionalista, é mantida e facilmente percebida quando um sulista com ancestrais europeus e um nordestino com raízes africanas igualmente se intitulam brasileiros. Por outro lado, a defesa da apropriação cultural se dá principalmente por negros em razão do passado escravocrata do país, muitos destes alegam que os elementos culturais afrodescendentes são desrespeitados por brancos quando estes os adotam, pois o preconceito social e religioso ainda existente gera muita descriminalização. O reconhecimento da pluralidade cultural existente no Brasil é imprescindível para que tal discussão seja amenizada. Para tanto, além de ensinar tais fatos ocorrido em história, o professor deve ser orientado a abrir esta discussão entre os alunos e frisar que a retirada da liberdade individual é negativa. Aliado a isto, a mídia deve criar campanhas que venham a inibir o racismo a fim de problematizá-lo para o maior número possível de pessoas.