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Enviada em: 22/06/2018

A apropriação cultural diz respeito a adoção de alguns elementos específicos de uma cultura por um grupo diferente, sem que haja o respeito e o conhecimento sobre o que aquele aspecto representa para o grupo em questão.       Primordialmente, deve-se considerar que as questões relativas à apropriação cultural estão diretamente associadas a uma relação de dominação. Características culturais como o uso do turbante, por exemplo, têm suas raízes em grupos que foram - e ainda são- marginalizados, dessa maneira, representam a ancestralidade e são um símbolo de resistência de um povo. Nesse sentido, em uma sociedade na qual a segregação e o elitismo continuam sendo mantidos e propagados, o uso de elementos culturais desconectados de suas motivações históricas, se configura em desrespeito e colabora para manutenção de preconceitos sociais.       Além disso, a generalização de uma cultura está indubitavelmente ligada a um processo de transformação da tradição em bem de consumo. É inegável que os símbolos assumem diferentes significados quando não são usados pelo protagonistas da cultura a qual pertencem, pois deixam de ser um símbolo político e de empoderamento, transformando-se em um elemento de moda.       Fica claro, portanto, a necessidade de impedir a perpetuação do processo de apropriação cultural que contribui para manutenção da marginalização. Desse modo, as pessoas devem conscientizar-se sobre a origem dos componentes de culturas marginalizadas, por meio do incentivo para que aqueles que pertencem a esta sejam ouvidos sobre o assunto, visando impedir o uso desrespeitoso  e fora de contexto destes componentes.