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Enviada em: 04/07/2018

Com a chegada dos africanos no Brasil, no período colonial, novos costumes chegaram ao país por meio destes indivíduos. Entretanto, é preocupante que certas pessoas não saibam a origem de alguns desses costumes, e façam uma apropriação cultural dos mesmos. Nessa perspectiva, é preciso debater mais sobre tal assunto, e refletir sobre as consequências dessa apropriação.      Primeiramente, muitas pessoas adotam hábitos de determinados grupos ou culturas, mesmo sem saber o real significado disto para o seu povo. Um exemplo desse fato é o uso de turbantes, que, segundo o site da Escola Ômega, é um símbolo, atualmente, de resistência e respeito pelos ancestrais dos negros. Entretanto, quando uma pessoa da elite faz uso desse turbante, sem saber o real significado deste ato, para fim estético, está não apenas apropriando-se da cultura dos negros, mas também tirando o valor de suas lutas.     Em segundo plano, a apropriação cultural pode gerar o preconceito por parte do grupo de quem está tendo os hábitos de uma cultura diferente. Esse preconceito surge a partir do fato de alguns costumes culturais serem pouco conhecidos, e quando a disseminação acontece, uma parte dos indivíduos receberá a outra cultura com estranheza. Sendo assim, para o filósofo Jean Paul Sartre, o inferno são os outros, e isso evidencia que o problema está naquelas pessoas que são preconceituosas, e não na cultura que sofre o preconceito.      Portanto, é imprescindível alterar o panorama da apropriação cultural. Com isso, é preciso que o Poder Legislativo crie leis que impeçam os indivíduos de tomaram para si hábitos de outras culturas, para que, assim, o significado de tais hábitos não seja alterado. Além disso, é necessário que o Ministério da Educação providencie palestras nas escolas, ministradas por especialistas em apropriação cultural, a fim de fazer com que os estudantes não vejam de forma normal o preconceito direcionado para grupos e povos de culturas distintas das deles.