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Enviada em: 05/07/2018

Com a chegada dos africanos no Brasil, no período colonial, novos costumes chegaram ao país por meio destes indivíduos. Entretanto, é preocupante que certas pessoas não saibam a origem de alguns desses costumes e façam uma apropriação cultural dos mesmos. Nessa perspectiva, é preciso debater mais sobre tal assunto e refletir sobre as consequências dessa apropriação.      Primeiramente, muitas pessoas adotam hábitos de determinados grupos ou culturas, mesmo sem saber o real significado disto para o seu povo. Um exemplo desse fato é o uso de turbantes, que, para aqueles que os usam apenas por estética, não têm nenhum significado realmente importante. Entretanto, quando essa pessoa, provavelmente da elite, faz uso desse turbante, sem saber o real significado deste ato, apenas para fim estético, está não apenas apropriando-se da cultura dos negros, mas também tirando o valor de suas lutas.      Em segundo plano, a apropriação cultural pode gerar o preconceito por parte do grupo de quem está exercendo os hábitos de uma cultura diferente. Esse preconceito surge a partir do fato de alguns costumes culturais serem pouco conhecidos, e quando esse conhecimento atinge um maior número de pessoas, uma parte dos indivíduos receberá a outra cultura com estranheza. Segundo o filósofo Jean Paul Sartre, o inferno são os outros, e, a partir disso, é evidente que o problema está naquelas pessoas preconceituosas, e não na cultura que sofre o preconceito.      Portanto, é imprescindível alterar o panorama da apropriação cultural. Com isso, é preciso que o Poder Legislativo crie leis que impeçam os indivíduos de tomaram para si hábitos de outras culturas, para que, assim, o significado de tais hábitos não seja alterado. Além disso, é necessário que o Ministério da Educação providencie palestras nas escolas, ministradas por especialistas em apropriação cultural, a fim de fazer com que os estudantes não vejam de forma normal o preconceito direcionado para grupos e povos de culturas distintas das deles.