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Enviada em: 15/08/2018

A Semana da Arte Moderna - ocorrida no Brasil, em fevereiro de 1922 - foi marcado pela tentativa de criação de uma identidade nacional. Paralelo a isso surgiu o movimento Antropofágico, na qual buscava influências estrangeiras no intuito de produzir uma cultura genuinamente Brasileira. Embora date de décadas atrás, esse tipo de apropriação continua se expressando atualmente, através do convívio e de  trocas com outras comunidades. Entretanto, no que diz respeito à adoção de diferentes costumes, surge a preocupação com a destruição ou a assimilação completa de uma cultura por outra, seja por dominâncias ostensivas, seja por processos históricos. Primeiramente, é importante salientar que, segundo Nietzsche, quanto mais uma cultura se eleva, mais influência ela possui sobre as demais. Logo, é válido analisar que em um contexto de globalização, a facilidade de deslocamento, de comunicação e de relações sociais, faz com que países mais desenvolvidos e destacados sejam considerados "emprestadores" de costumes, exercendo papel de supremacia em âmbito mundial. Dessa forma, sociedades menos expressivas tendem a adotar culturas alheias, possibilitando o detrimento de sua identidade. Além disso, percebe-se que marcos históricos como a expansão marítima e as colonizações contribuíram significativamente para a apropriação cultural. A exemplo disso, o Brasil herdou de Portugal a língua, os traços literários, a culinária, dentre muitas outras características. Nesse contexto, percebe-se alguns fatores que ajudam para a construção de muitas identidades. Logo, apesar de muitas culturas surgirem de outras, raramente implica na assimilação ou no destruição de valores particulares. Então, percebe-se que as trocas são essenciais para a manutenção das características nacionais. É evidente, portanto, o quanto a aculturação e o convívio entre diferentes culturas são importantes para formar a identidade de um povo, sendo necessário criar debates acerca desse assunto. Para tal, a mídia, em seu papel informativo e disseminador, pode trabalhar difundindo valores e características de diferentes sociedades, através da transmissão de matérias, fazendo com que os usuários manifestem interesse em conhecer um pouco mais sobre diferentes culturas, antes mesmo de julgar e se sentirem superior aos demais, para que assim eliminem qualquer indício de preconceito e xenofobia. Além disso, as próprias comunidades devem promover discussões a respeito do tema, visando reconhecer e valorizar sua própria identidade.