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Enviada em: 11/08/2018

Com a Globalização, o surgimento de termos como apropriação cultural ganharam grande projeção. É estabelecido que um conjunto de conhecimentos, práticas e costumes de um povo carregam enorme valor literal e simbólico. À vista disso, tomar posse de tais fundamentos causa não somente uma falha institucional, como também social.  Nota-se um ciclo vicioso da apropriação, onde a identidade é apagada com um objetivo, seja para banalizar uma diferente perspectiva ou para tirar vantagens sócio-econômicas. Exemplificado claramente no processo de escravidão do Brasil, onde negros saiam da África e eram propositalmente descaracterizados de sua cultura para assim se tornarem,de fato,apenas um produto vazio e oco em uma coletividade.   Seja através de quimonos ou bindi - adorno utilizado pelas mulheres índias na testa - , apropriação cultural significa trivializar,mesmo que de forma subconsciente, sinais de uma minoria que já é banalizada. Ligado à isso, a indústria da moda possui enorme responsabilidade por disseminar tal despreocupação. Como o caso onde a marca de roupas de luxo, Marc Jacobs, foi acusada duplamente de racismo e apropriação cultural por terem modelos apenas brancas usando turbantes, que possui imenso valor oriental.   Em síntese, apropriação cultural é sinônimo de liberdade podada para o grupo que é usurpado. Diante disso, o conhecimento do significado dos elementos que dispõem de um forte valor emocional, político e social para um grupo é de extrema relevância, seja debatendo o assunto em salas de aula, fóruns, mídias. Aliar a consciência geral juntamente com o significado real de cada ornamento é trazer um potencial revolucionário para desenvolver-se uma nova mentalidade e modelo social.