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Enviada em: 03/10/2018

Nos últimos anos a discussão a respeito da apropriação cultural se tornol visível no Brasil. Isso vem se intensificando com o avanço do capitalismo sobre elementos materiais e imateriais, até então usados como forma de resistência, por culturas ditas dominadas.      Primeiramente, cabe destacar como ocorre a apropriação cultural. Isso acontece, principalmente, quando uma cultura dominante passa a utilizar e tomar para si o que de uma cultura dominada, até então vista como algo inferior, como um simples adereço, de modo a esvaziar o seu significado. Percebe-se isso no Brasil quanto ao uso do turbante que passou a ser vastamente vendido como um simples adereço de moda, esvaziando o seu significado. Pois, era usado por algumas pessoas negras como forma de construção identitária e simbolo de resistência à cultura hegemônica branca, que desconsidera a sua divida histórica em relação à escravidão e o racismo. Posto que são tratados como cidadãos de segunda classe no Brasil.     Além disso, convém destacar que com a globalização o hibridismo cultural aumenta e como as culturas não são estáticas elas passam a absorver elemento das outras. Contudo, o sistema capitalista faz isso de forma que o elemento em si não exerça mais a construção identitária tornando-se algo consumível sem discussão. Dessa forma, elementos pertencentes à cultura não hegemônica passam a ser vendidos como exóticos, que dará notoriedade a quem utiliza, o que agrava o problema da apropriação cultural pois há um esvaziamento de significado.     Nota-se, portanto, que como a cultura é fluida, para se evitar o esvaziamento de significado e eventual apropriação cultural, precisa haver maior conscientização da população à respeito dos elementos e formas de resistência. Para isso, o ministério da educação e da cultura devem fazer propagandas informativas e educacionais nas redes sociais, radio e TV, sobre a história por trás dos objetos. Dessa forma, haverá uma maior conscientização dos que optarem pelo intercambio cultural e eventual hibridização como elementos de outras culturas, preservando a liberdade de escolha individual.