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Enviada em: 01/12/2017

Habitado inicialmente apenas pelos indígenas, colonizado pelos portugueses, governado durante sessenta anos pelos espanhóis, alvo de imigrações e com um passado escravocrata, o Brasil se tornou um país diversificado. Todavia, ainda que a miscigenação cultural seja uma das principais características dos cidadãos canarinhos, minorias grupais lutam pela singularização de hábitos originados por um determinado grupo, figurando a apropriação cultural como um tema imprescindível ao debate.      Em primeiro plano, é pertinente considerar que a globalização esteja progressivamente promovendo a interligação de povos dos mais variados costumes. Desse modo, é natural que a cultura esteja sendo sincretizada tanto entre regiões do interior do Brasil como entre a nação e as influências advindas de hábitos do exterior do país. Assim, embora a origem de um conjunto de comportamentos seja única e invariável, a realização de tal hábito é mutável e está sujeita à ampliação do número de indivíduos que efetivarão esse costume.        Por conseguinte, determinados grupos têm lutado pela singularização de determinados comportamentos culturais, de modo a acusar esse processo de amplificação de hábito como apropriação cultural proveniente da banalização às culturas legítimas. Contudo, ao autenticar um costume cultural como particular a um determinado grupo, é segregado os contingente sociais. Dessa maneira, se a cultura é caracterizada pelo adquirição de aptidões da sociedade, singulariza-la seria resumi-la a uma origem e não a uma significação multi-social.      Levando em consideração tais enfoques, torna-se imprescindível, primordialmente, que os indivíduos reconheçam a cultura como variável. Nesse contexto, é aplicável através do debate a admissão do aumento do número de pessoas que efetivam os hábitos originados por uma minoria como uma expansão multi-social natural da cultura, não a singularizando como autêntica de uma religião ou etnia. Uma vez que, parafraseando o filosofo Confúcio, a cultura está acima da diferença da condição social.