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Enviada em: 03/12/2017

A aculturação é um processo que se dá a partir do momento em que um povo dominante destitui outro dominado de todo significado de sua cultura, em detrimento da imposição da sua. Esse processo deu-se em larga escala na América Colonial, sob o domínio de Portugal e Espanha. Não é de se admirar que esse prática se perpetue até a atualidade, seja por colaboração da mídia ou por falta de políticas públicas antirracistas.      O uso de aspectos característicos de outra cultura, sobre tudo a negra, que vem carregada de um histórico de repressão, trás consigo um significado negativo, na medida em que essa características sejam carregadas de um teor litúrgico em sua essência. Quando em novelas ou desfiles de moda atrizes e modelos se utilizam de peças de vestimenta das religiões africanas, como o turbante,  há nesse ato a total desvinculação do sentido real que esse objeto representa.     A televisão é grande propulsora de ideias e costumes para a classe dominante em nosso país, que por sua vez assimila a ideia errônea de que o uso estético de um ornamento da cultura afro-brasileira não causa danos do processo de integração social dessa parcela da comunidade. Enquanto a própria religião, o candomblé, é visto ainda com preconceito, escolhem o que serve e não agride os olhos do povo "branco".       É evidente que a maioria numérica da população brasileira é composta por negros e mestiços, porém essa parcela ainda hoje carece de instrução jurídica quando o assunto é racismo. Muitas vezes esse tema é tratado com desleixo e até mesmo a vítima dessa prática criminosa é desencorajada a procurar seus direitos. As ONG´s das comunidades afro-descendentes tem feito um papel bastante impostante na ausência do Estado.      Torna-se necessária a mudança das leis contra o racismo por parte do poder legislativo, além da criação de uma delegacia especializada nesse tipo de crime pelo poder executivo, para se efetivar maior fiscalização e punições a quem faz dessa prática um costume.