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Enviada em: 12/12/2017

A representatividade de cada povo existente no planeta sempre foi mostrada de forma singular, porém, com a aproximação da sociedade como um todo, revelou-se notória a mescla de valores e comportamentos culturais adquiridos. Nesse sentido, a apropriação cultural, aparece como interação social entre os povos, entretanto, cada vez mais, o termo ganha projeções relacionadas a preconceito, e é visto como uma maneira de extrair culturalmente a identidade de um determinado grupo.             Comportamentos vindos do período colonial, ainda refletem na sociedade contemporânea; costumes, religiões, hábitos e vestimentas trazidos por inúmeros imigrantes, transpassaram o tempo e integraram-se a outras formas de vida já existentes no país. Simbolismos de diversos lugares desembarcaram no Brasil e como forma de adaptação, muitos deles incorporaram a cultura local, um exemplo é a capoeira, que trazida pelos escravos, foi incluída como conteúdo das escolas pelo presidente Getúlio Vargas e hoje é considerada patrimônio imaterial do Brasil.       Apesar da miscigenação existente, o uso de respectivas representatividades, pode causar entre seus originadores um certo mal estar, tratando assim um determinado conteúdo como sendo exclusivo de uma certa tribo. Tais atitudes vem sendo desencadeadas por uma constante experiência de preconceitos sofrida por determinados grupos, onde o uso de um turbante por exemplo, pode ser visto de formas diferentes levando em consideração a cor da pessoa que está utilizando, instigando a crença de que, espaços e falas estão sendo usurpados por usos de culturas e associado-se cada vez mais ao racismo.       Diante dos argumentos supracitados, e levando em conta que a expressão "apropriação cultural" refere-se ao uso de elementos da cultura negra por pessoas brancas, cabe primeiramente a órgãos governamentais junto aos movimentos diretamente ligados a cultura "black", a elaboração de campanhas e leis que desestimulem e punam a prática de racismo. Some-se a isso, o investimento de instituições privadas para a inserção igualitárias de todos no mercado de trabalho, no intuito de globalizar e abranger formas culturais de vivência sem uso indiscriminado.