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Enviada em: 09/01/2018

Para falar sobre apropriação cultural, deve-se saber que tais costumes estão ligados a identidade de um grupo dentro da sociedade, como por exemplo, o turbante e o rastafári que é utilizado pelos negros como forma de orgulho da história e descendência.          Com isso, é preciso analisar historicamente a chegada dos negros no Brasil, que desde a sua entrada no país foram separados do seu grupo linguístico e cultural e misturados com outras tribos para que não se comuniquem e nem pratique os seus dogmas.           Ao longo dos séculos os negros que utilizavam tais símbolos sofriam racismo e intolerância religiosa, mas como vivemos em uma sociedade com padrão estético branco europeu dominante há séculos, o fato de uma modelo branca usar rastafári ou turbante na capa da revista, cria um processo de embranquecimento, elitização e empoderamento dos símbolos, que por fim perdem seus verdadeiros significados.          Todos são livres para vestir ou fazer o que quiser, desde que não seja proibido por lei, mas como o poeta negro B. Easy fala: "A cultura negra é popular, pessoas negras não são.", por isso o uso de tais símbolos históricos por negros na capa da revista com o seu verdadeiro legado ainda é uma barreira a ser superada por conta do racismo.