A subjetividade da Cultura A Rita baiana, personagem de O Cortiço de Aluísio de Azevedo, retrata a figura da problematização da questão étnica no Brasil, enquanto representa uma mulher mestiça preferendo um homem branco. Com as novas demandas da sociedade, a subjetividade da identidade cultural é desafiada. É porventura que a etnicidade infere a cultura de um determinado indivíduo, sobrepondo a identidade nacional. De acordo com a teoria da microfísica do poder do sociólogo Michel Foucault, o fragmento do poder dissolvido nas instituições sociais, todo organização de ações humanas, coage todos humanos a fim de torná-los corpos dóceis. De maneira analogia, os cidadãos de uma determinado grupo social possuem uma cultura os diferem dos outros . Se alguém de fora se utilize dela, haverá um tipo de estranhamento social. É indubitável que a identidade de um grupo transforma seus indivíduos, mas também a cultura dos mesmos é extremamento subjetiva. Segundo Durkheim , o fato social é a forma coletiva de agir e de pensar. Ao ter em mente esse pensamento, nota-se que essas identificações coletivas podem entrar em choque. A jornalista Stephanie Ribeiro, representante do feminismo negro, critica o vídeo-chip da música Vai Malandra, de Anitta, na Coluna Black girl Magic do jornal Marie Claire. Em seu ponto de vista, houve uma apropriação cultural indevida , pois a cantora apenas se "fantasiou" de negra, enquanto é embranquecida em outros contextos. A cultura é um termo construído socialmente que gera desconforto para quem a utiliza de forma diferente; convém , pois, que o Governo Federal cria campanhas nas mídias digitais a fim de conscientizar a população sobre a importância dos aspectos culturais dos diferentes grupos. Para isso , esse projeto deve contém anúncios na Televisão, divulgando que o termo cultura é uma forma de identificar um grupo social e apropriação dela por qualquer indivíduo é válida. Assim , a etnicidade no Brasil poderia perder seu valor na identidade cultura, e Rita baiana preferiria um mestiço.