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Enviada em: 08/02/2018

No que se refere á discussão da apropriação cultural, pode-se dizer que os fenômenos socioculturais de cada local, levaram cada grupo a adquirirem particularidades materiais e imateriais com significados distintos, porém, a Industria Cultural entra nesse âmbito banalizando culturas alheias para enriquecimento próprio, o que gera discussão sobre a temática. Nesse sentido, a discussão sobre a apropriação cultural tem sido motivada pela luta do significado das culturas, que atualmente vem sendo comercializadas de forma vaga e estética.      É indubitável o questionamento da problemática, pois o reconhecimento de um material cultural como um acessório de moda, faz com que suas histórias e raízes se percam, fazendo que esse objeto tenha apenas um valor comercial, e logo depois cai em esquecimento. Isso vem acontecendo com o turbante, por exemplo, um adereço afro-religioso que caiu no gosto da indústria cultural, que promove blogs de beleza a fazerem resenhas de como usar tal artefato de uma forma puramente estética, renegando a história através desse objeto. Segundo Zygmunt Bauman, com sua teoria de imediatismo de relações sociais, o constante fluxo de informação e sua velocidade, acabam por prejudicar, dificultando a reflexão de dados, sendo assim, as pessoas no mundo globalizado tendem um grande fluxo de informações, e a não desenvolve-las de um modo autônomo, como sobre a apropriação cultural, o consumo consciente e os males de patrocinar uma indústria que destrói a diversidade.      Ademais, segundo o sociólogo Adorno, que estudou a Indústria Cultural, a mídia cria certos esteriótipos que tiram a liberdade de pensamento do telespectador, forçando imagens muitas vezes errôneas em suas mentes, ou seja, ela induz a normatização da comercialização de adereços exóticos de modo vago e estético, entretendo e fazendo indivíduos ignorarem o máximo suas origens e seus reais significados. Além da pouco preocupação, a alienação é a palavra chave da questão, onde o discurso da "liberdade individual" passa por cima do respeito a diversidade.        Entende-se, portanto, que o tema de apropriação cultural, é uma discussão negada por parte da população que dogmatiza o assunto por serem induzidas a isso, em vista disso, cabe a cada indivíduo a compreensão e empatia com o problema abordado pelo próximo, de forma que ela consiga escutar uma segunda opinião para formação da própria, aprofundando seu conhecimento crítico sobre o tema, diante disso, os movimentos contra a apropriação devem cobrar ao Estado, leis que proíbam grandes empresas a comercializarem objetos de cunho cultural para enriquecimento, já que isso fere de algum modo a ancestralidade de alguns grupos e  a cultura do próprio país, e também cabe ao mesmo e a população a fiscalização e a denúncia de tais atos para que o Estado tome devidas providências.